17.04.2013 Views

Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de - Centro de ...

Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de - Centro de ...

Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de - Centro de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

todos os acometidos conhecidos (CURI, 2002). Os brasileiros se espelhariam nesta <strong>de</strong>cisão<br />

para entrar com ações contra o Governo Fe<strong>de</strong>ral.<br />

Apesar dos esforços empreendidos, não se conseguiu eliminar a doença até o terceiro milênio,<br />

como proposto pela OMS. Em 2005, o total <strong>de</strong> casos no mundo seria <strong>de</strong> 222.427 casos, dos<br />

quais 133.427 na Região da Ásia Oriental, 43.425 na África, 32.910 nas Américas e apenas<br />

4.024 na região Mediterrânea. A <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> novos casos era <strong>de</strong> 41.952 nas Américas, 44.769<br />

na África, e impressionantes 201.635 na Ásia Oriental. Mas a OMS <strong>de</strong>stacaria que houve<br />

queda <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 110.000 (27%) na taxa <strong>de</strong> novos casos <strong>de</strong>tectados em 2005 em relação a<br />

2004.<br />

A prevalência em 2006 não se reduziu muito, com 219.826 casos no mundo e apenas seis<br />

países permaneciam na lista <strong>de</strong> não erradicados: Brasil, Congo, Madagascar, Moçambique,<br />

Nepal e Tanzânia. (WHO, 2006). O mapa <strong>de</strong> prevalência mundial da doença <strong>de</strong> 2007 (WHO,<br />

2007) <strong>de</strong>monstrava no mundo somente o Brasil com taxas acima <strong>de</strong> 2 casos/10.000<br />

habitantes, uma taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> 47.000 novos casos/ano, e uma alta prevalência da<br />

doença especialmente nos estados do Norte, Nor<strong>de</strong>ste e <strong>Centro</strong>-oeste. Somente os casos <strong>de</strong><br />

Brasil, Congo, Moçambique e Nepal representavam um quarto do total <strong>de</strong> casos no mundo, e<br />

em 2007 eles passaram a respon<strong>de</strong>r por um terço dos casos mundiais. A Índia, a <strong>de</strong>speito <strong>de</strong><br />

se manter como país lí<strong>de</strong>r em número <strong>de</strong> casos absolutos, tanto na prevalência registrada<br />

(82.801) quanto no número <strong>de</strong> novos casos (139.252), cumprira a meta proposta pela OMS<br />

(WHO-WER, 2007).<br />

O panorama em 2008 apresentava somente Brasil, Nepal e Timor-Leste como países ainda<br />

com a hanseníase não eliminada como problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública. Os dados apontavam no<br />

Brasil uma prevalência <strong>de</strong> 45.847, com 39.125 casos novos <strong>de</strong>tectados, e uma taxa <strong>de</strong><br />

incidência <strong>de</strong> 20,45/100.000 habitantes 15 . No Mundo, prevaleciam a Ásia com 171.552 casos<br />

novos, as Américas com 41.978 e a África com 31.037 A prevalência e número <strong>de</strong> novos<br />

casos <strong>de</strong>tectados na Índia permaneciam em 87.228 e 137.685 respectivamente, ainda os<br />

maiores do mundo. (WHO-WER, 2008).<br />

A trajetória da doença até aqui permite verificar que parte da visão medieval acerca da “lepra”<br />

persistiu até o século XX e que:<br />

15 Dados referentes ao ano <strong>de</strong> 2007. Divergências entre o total <strong>de</strong> casos entre os relatórios da OMS po<strong>de</strong>m se<br />

<strong>de</strong>ver a atrasos na notificação, consolidação ou envio dos dados.<br />

52

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!