Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de - Centro de ...
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<strong>vida</strong> <strong>de</strong>vido à sua relação com a prevenção <strong>de</strong> quedas, a interação social, o envolvimento em<br />
ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s do cotidiano, a in<strong>de</strong>pendência, segurança e proteção e o bem-estar.<br />
PEREIRA et al (2006), ao avaliar comparativamente áreas urbana e rural, não observaram<br />
diferenciações significativas entre os sujeitos quanto a QV. Entretanto, estes mesmos autores<br />
ressaltam que as alterações psicossociais do envelhecimento po<strong>de</strong>m se dar <strong>de</strong> forma mais<br />
branda nos pacientes que atuam em trabalhos doméstico e rural. MIRANZI et al.(2008), em<br />
seu estudo, atribuíram o escore próximo a 50% no domínio ambiente à maior vulnerabilida<strong>de</strong><br />
social dos pacientes estudados.<br />
O domínio físico dos pacientes <strong>de</strong> Santa Izabel apresentou o pior escore <strong>de</strong>ntre todos os<br />
estudos supracitados, apontando maior insatisfação com a QV do que a <strong>de</strong> outros pacientes<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes O domínio psíquico também foi um dos piores, sugerindo um papel importante<br />
do estigma, ou talvez das incapacida<strong>de</strong>s, visto que os resultados são bem similares aos <strong>de</strong><br />
pacientes com <strong>de</strong>ficiência física (NOCE et al. 2009).<br />
A análise <strong>de</strong> regressão linear univariada <strong>de</strong>monstrou que pacientes com cônjuge apresentaram<br />
piores escores <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida do que pacientes sem companheiro. Esta correlação tem<br />
significância estatística no domínio físico, on<strong>de</strong> a presença <strong>de</strong> um companheiro está<br />
relacionada a um valor <strong>de</strong> beta <strong>de</strong> -14,823 (p=0,048).<br />
PEREIRA et al. (2006) apontam a importância do domínio físico na <strong>qualida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> global<br />
<strong>de</strong> idosos, ressaltando a importância <strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar a capacida<strong>de</strong> funcional como importante<br />
fator <strong>de</strong> impacto na sua <strong>qualida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong>.<br />
ALEXANDRE & CORDEIRO (2009) encontraram correlação entre a viuvez e ter melhores<br />
escores do domínio social, relacionando esta peculiarida<strong>de</strong> nacional ao papel da mulher na<br />
socieda<strong>de</strong>, que ganha autonomia econômica e patriarcal a partir da perda do cônjuge. Ou seja,<br />
<strong>de</strong> acordo com a herança cultural da população avaliada, a viuvez po<strong>de</strong> significar tanto a<br />
libertação <strong>de</strong> uma <strong>vida</strong> <strong>de</strong> submissão, quanto o ganho <strong>de</strong> autonomia financeira proporcionada<br />
pela pensão por morte. No estudo <strong>de</strong> HUGUET et al. (2009) com brasileiras tratadas pelo<br />
câncer <strong>de</strong> mama, um relacionamento marital estável relacionou-se com escores maiores nos<br />
domínios psíquico e social. CONDE et al. (2005) também avaliando mulheres tratadas pelo<br />
câncer <strong>de</strong> mama, encontrou piores escores em casadas e relacionou isto a situações conjugais<br />
<strong>de</strong>sfavoráveis.<br />
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