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Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de - Centro de ...

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o indivíduo, ou ainda como “grupos <strong>de</strong> pessoas” com quem há contato ou alguma forma <strong>de</strong><br />

participação social (por exemplo, grupos religiosos, associações sindicais).<br />

CARNEIRO et al. (2008) <strong>de</strong>fine “apoio social” como o “grau em que relações interpessoais<br />

correspon<strong>de</strong>m a <strong>de</strong>terminadas funções (por exemplo, apoio emocional, material e afetivo) em<br />

situações <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>”. O apoio social tem relação com a sensação <strong>de</strong> estima recebida, <strong>de</strong><br />

fazer parte <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> social com compromissos mútuos, e não po<strong>de</strong> ser confundido com<br />

“interação social”, já que nem todo relacionamento oferece apoio e que alguns<br />

relacionamentos po<strong>de</strong>m ser estressantes. 71<br />

URZUA (2008) relata que o apoio social subjetivo - ou seja, o sentimento <strong>de</strong> pertencimento,<br />

<strong>de</strong> saber que há apoio (vinculado a valores <strong>de</strong> pertencimento, coletivismo e cooperativismo) -<br />

é mais importante do que a própria presença <strong>de</strong>ste apoio.<br />

Assim, a re<strong>de</strong> social <strong>de</strong> Santa Izabel conta, além do componente da convivência humana<br />

mediada pelo sofrimento comum e as consequentes relações <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> e ajuda mútua,<br />

com o apoio social do MORHAN (Movimento <strong>de</strong> Reintegração das Pessoas Atingidas pela<br />

<strong>Hanseníase</strong>), entida<strong>de</strong> não-governamental <strong>de</strong> luta pelos direitos dos pacientes internados<br />

compulsoriamente que está fortemente vinculada à CSSI <strong>de</strong>ntro do contexto social dos<br />

pacientes.<br />

O domínio ambiente está mais relacionado com as condições locais do que com características<br />

individuais, o que explica os escores menores em pacientes <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s centros urbanos<br />

estudados tais como idosos após quedas no Rio <strong>de</strong> Janeiro (RIBEIRO et al. 2008) e<br />

<strong>de</strong>ficientes físicos em Belo Horizonte (NOCE et al. 2009). Os pacientes <strong>de</strong> Santa Izabel<br />

moram em um local com características <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> interiorana e estão na mesma<br />

localida<strong>de</strong> há várias décadas, a <strong>de</strong>speito da vulnerabilida<strong>de</strong> social: a região <strong>de</strong> Citrolândia<br />

apresenta um dos piores Índices <strong>de</strong> Desenvolvimento Humano da região (PUCMG, 2006),<br />

fruto da ocupação <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada inicial <strong>de</strong> familiares dos internos ao redor da Colônia à época<br />

do isolamento, que se refletiu nas últimas décadas pela formação <strong>de</strong> aglomerados. RIBEIRO<br />

et al. (2008) ressalta que entre os idosos, o ambiente é fortemente associado à <strong>qualida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />

71 CARNEIRO et al. (2008) <strong>de</strong>finem ainda “habilida<strong>de</strong> social” – “repertório do indivíduo” para interagir<br />

socialmente, <strong>de</strong> cunho <strong>de</strong>scritivo, evitando-se a utilização do conceito <strong>de</strong> um indivíduo “socialmente habilidoso”<br />

(termo avaliativo) – e “competência social” – sob uma perspectiva avaliativa da “proficiência do <strong>de</strong>sempenho”,<br />

ou seja, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “organizar pensamentos, sentimentos e ações em função <strong>de</strong> seus objetivos e valores,<br />

articulando-os em um <strong>de</strong>sempenho que aten<strong>de</strong> às <strong>de</strong>mandas mediatas e imediatas do ambiente”.<br />

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