SÃntese Anual da Agricultura de Santa Catarina - 2006-2007 - Cepa
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Florestal<br />
Desempenho do<br />
setor florestal<br />
Mais <strong>da</strong> meta<strong>de</strong> <strong>da</strong> produção nacional <strong>de</strong> celulose é exporta<strong>da</strong>. Os preços internacionais<br />
do produto, em elevação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o final <strong>de</strong> 2005, se encontram em patamares elevados. Na<br />
Europa, o preço <strong>da</strong> celulose <strong>de</strong> fibra longa (<strong>de</strong> pínus) teve um crescimento bastante expressivo<br />
ao longo <strong>de</strong> <strong>2006</strong>. Na última semana <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> <strong>2007</strong> foi cota<strong>da</strong> a US$<br />
800.00/t, um crescimento <strong>de</strong> quase 10% em relação ao início do ano, quando estava cota<strong>da</strong><br />
a US$ 730.00/t (Foex: www.foex.fi). A perspectiva para este segundo semestre é <strong>de</strong> os<br />
preços se manterem em patamares elevados, já que o mercado continua aquecido e os<br />
níveis dos estoques mundiais do produto estão baixos.<br />
A celulose <strong>de</strong> fibra curta (<strong>de</strong> eucalipto), tem apresentado nos últimos dois anos aumentos<br />
sistemáticos <strong>de</strong> preços no mercado internacional, porém com ritmo menor que o <strong>da</strong> celulose<br />
<strong>de</strong> fibra longa. Em <strong>2006</strong>, o preço na Europa subiu mais <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> janeiro a julho,<br />
atingindo US$ 650,00/t. Em <strong>2007</strong>, o preço CIF na Europa subiu <strong>de</strong> US$ 670.00/t no início<br />
<strong>de</strong> janeiro para US$ 715.66/t na última semana <strong>de</strong> agosto. A expectativa dos produtores é<br />
<strong>de</strong> que os preços internacionais <strong>da</strong> commodity se mantenham em patamares elevados.<br />
A produção brasileira <strong>de</strong> papel em <strong>2006</strong> foi <strong>de</strong> 8,7 milhões <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s, um incremento <strong>de</strong><br />
apenas 1,7% em relação à <strong>de</strong> 2005. Do total produzido, mais <strong>da</strong> meta<strong>de</strong> é <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> produção<br />
<strong>de</strong> embalagens e quase um terço é papel <strong>de</strong> imprimir e escrever. A produção <strong>de</strong><br />
papéis reciclados em <strong>2006</strong> foi <strong>de</strong> 3,5 milhões <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s, uma taxa <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong><br />
47%. Cerca <strong>de</strong> 80% <strong>da</strong>s empresas brasileiras produtoras e papel tem pelo menos 50%<br />
<strong>da</strong>s matérias-primas oriun<strong>da</strong>s <strong>da</strong> reciclagem <strong>de</strong> papel.<br />
As exportações <strong>de</strong> papel em <strong>2006</strong> foram <strong>de</strong> 2,0 milhões <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s, a maioria <strong>de</strong> papéis<br />
do tipo Kraft. O Brasil é bastante <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>s importações <strong>de</strong> papel <strong>de</strong> imprensa para<br />
satisfazer seu consumo doméstico. Estimativas <strong>da</strong> Bracelpa indicam que o consumo aparente<br />
<strong>de</strong> papel em <strong>2006</strong> tenha apresentado um crescimento <strong>de</strong> 5,4% em relação ao consumo<br />
<strong>de</strong> 2005, um aumento <strong>de</strong> 4,1% no consumo per cápita (Tabela 16). As maiores taxas<br />
<strong>de</strong> crescimento do consumo interno <strong>de</strong> papel ocorreram com o papel couché, <strong>de</strong> imprimir<br />
e escrever (90% é off set) e do tipo cut size.<br />
O setor <strong>de</strong> papel e celulose no Brasil está passando por um longo ciclo <strong>de</strong> expansão e <strong>de</strong><br />
reestruturação empresarial e produtiva. O parque fabril vem sendo fortemente ampliado e<br />
mo<strong>de</strong>rnizado e diversas novas plantas industriais estão sendo implanta<strong>da</strong>s. Como resultado<br />
está ocorrendo um aumento <strong>de</strong> porte e escala <strong>de</strong> produção <strong>da</strong>s empresas, com<br />
ganhos <strong>de</strong> eficiência e especialização produtiva.<br />
Nos últimos <strong>de</strong>z anos, a ampliação <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> produtiva, em especial <strong>de</strong> celulose,<br />
consumiu 12 bilhões <strong>de</strong> dólares e levou o Brasil à condição <strong>de</strong> maior produtor mundial <strong>de</strong><br />
celulose <strong>de</strong> fibra curta. Isto permitiu ao setor ganhar competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> internacional e consoli<strong>da</strong>r<br />
o Brasil como um importante ator neste mercado.<br />
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Síntese <strong>Anual</strong> <strong>da</strong> <strong>Agricultura</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong> <strong>2006</strong>/<strong>2007</strong>