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Debates do Parlamento Europeu - Europa

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PT<br />

<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />

uma forma mais estruturada, a fim de maximizar o nosso desempenho; terceiro, a<br />

capacidade de estabelecer relações com outros, com vista a optimizar a coordenação geral<br />

e a denominada "comunidade internacional". Se utilizarmos esta análise como ponto de<br />

partida para os nossos debates, devemos ser capazes de estabelecer a base comum necessária<br />

e de determinar quais as medidas a a<strong>do</strong>ptar.<br />

O relatório também solicita a criação de um Conselho de Defesa, ideia que sei já existir há<br />

algum tempo. A próxima reunião, em Abril, seguirá a prática estabelecida, mas, na reunião<br />

informal <strong>do</strong>s Ministros da Defesa, formou-se um consenso com base nas minhas propostas<br />

de realizar sempre os Conselhos "Negócios Estrangeiros" na presença <strong>do</strong>s Ministros da<br />

Defesa. Isto permitiria aos Ministros da Defesa reunir e tomar decisões, nomeadamente<br />

no <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> desenvolvimento das capacidades.<br />

O meu último comentário diz respeito à sugestão de ser instituída uma força de protecção<br />

civil. Comecemos com o processo de identificação <strong>do</strong>s ensinamentos colhi<strong>do</strong>s no Haiti,<br />

que está em curso. Depois, aplicaremos o espírito de Lisboa e veremos quais são as nossas<br />

opções em termos de mobilização de recursos <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s-Membros, conjuntamente com<br />

os instrumentos da UE, para apoiar o Gabinete da ONU para a Coordenação <strong>do</strong>s Assuntos<br />

Humanitários (OCHA) ou para actuarmos em nome próprio. A nossa divisa deve ser<br />

maximizar as sinergias e evitar clivagens "duras" ou artificiais entre a gestão das crises<br />

internas e externas.<br />

Finalmente, permitam-me que aborde o tema da não-proliferação, ten<strong>do</strong> em conta a<br />

pergunta oral que foi apresentada. Quero referir brevemente os <strong>do</strong>is aspectos mais<br />

importantes: primeiro, a conferência de revisão <strong>do</strong> Trata<strong>do</strong> de Não-Proliferação, prevista<br />

para Maio, em Nova Iorque. Participarei com o objectivo de garantir o seu sucesso. Não<br />

nos devemos iludir: to<strong>do</strong> o sistema de não-proliferação assente em trata<strong>do</strong>s, que tem o<br />

TNP como pedra angular, está sob crescente pressão. Em resposta, é necessário estarmos<br />

prepara<strong>do</strong>s para dar o nosso contributo: facilitan<strong>do</strong> o acesso às utilizações pacíficas da<br />

energia nuclear, sobretu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s países em desenvolvimento, evitan<strong>do</strong> sempre os riscos de<br />

proliferação, o que inclui trabalhar no <strong>do</strong>mínio das abordagens multilaterais ao ciclo de<br />

combustível nuclear – penso que 84 países beneficiaram de programas de assistência da<br />

UE; realizan<strong>do</strong> progressos no <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> desarmamento nuclear – o que, politicamente,<br />

é fundamental para criar uma atmosfera construtiva; e abordan<strong>do</strong> as crises regionais de<br />

proliferação, particularmente com o Irão, que tem potencial para fazer descarrilar a<br />

conferência.<br />

Como sabem, a UE está a liderar os esforços para encontrar soluções diplomáticas.<br />

Apoiamos plenamente o processo <strong>do</strong> Conselho de Segurança de imposição de novas<br />

medidas restritivas contra o Irão, se este – como é actualmente o caso – continuar a ignorar<br />

as suas obrigações.<br />

Em segun<strong>do</strong> lugar, temos a Cimeira sobre Segurança Nuclear <strong>do</strong> Presidente Obama.<br />

Partilhamos o objectivo da cimeira, nomeadamente de reforçar a segurança <strong>do</strong>s materiais<br />

nucleares e de impedir que os terroristas tenham acesso a esses materiais. Penso que a UE<br />

fornece apoio à Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) desde 2004, a fim de<br />

prestar assistência aos vários países neste <strong>do</strong>mínio, e continuaremos a fazê-lo.<br />

Por último, permitam-me que regresse ao ponto de partida. A procura <strong>do</strong> envolvimento<br />

europeu a nível mundial é enorme. É necessário garantir que as reservas respondem à<br />

procura. O Trata<strong>do</strong> de Lisboa dá-nos essa oportunidade. Devemos agir de acor<strong>do</strong> com a<br />

letra e com o espírito <strong>do</strong> Trata<strong>do</strong>, nunca esquecen<strong>do</strong> a razão por que os líderes europeus<br />

10-03-2010

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