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Debates do Parlamento Europeu - Europa

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10-03-2010<br />

PT<br />

<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />

contrário, devemos concentrar-nos em assegurar que a extracção de recursos, as actividades<br />

de transporte, de turismo e outras indústrias sejam geridas da melhor forma possível ten<strong>do</strong><br />

em conta a protecção e a preservação <strong>do</strong> ambiente. É claro que isso deverá ser feito<br />

consultan<strong>do</strong> e colaboran<strong>do</strong> com a população local e com base na situação real e nas<br />

condições actuais.<br />

O relatório que a Comissão elaborou sobre o Árctico é um primeiro passo positivo na<br />

definição de uma política coerente para o Árctico. Durante a presidência sueca, a Suécia<br />

apoiou a decisão da Comissão de se candidatar ao estatuto de observa<strong>do</strong>r permanente no<br />

Conselho <strong>do</strong> Árctico. No entanto, penso que tanto o relatório da Comissão como o debate<br />

até aqui realiza<strong>do</strong> têm da<strong>do</strong> muita importância à água e pouca às zonas terrestres. Alguns<br />

países, como a Suécia e a Finlândia, têm importantes actividades de criação de renas,<br />

extracção mineira, agricultura e silvicultura no Árctico, e é muito importante que estas<br />

sejam tidas em consideração.<br />

Outra dimensão <strong>do</strong> debate que não é referida com frequência, mas que é preciso salientar,<br />

diz respeito aos objectivos estratégicos e aos interesses geoestratégicos no Árctico e às<br />

consequências de uma mudança das condições nesta região para a estabilidade internacional.<br />

Alguns Esta<strong>do</strong>s-Membros da UE estão situa<strong>do</strong>s na região <strong>do</strong> Árctico. Outra parte da região<br />

é constituída pelos vizinhos imediatos da UE a Norte. Por conseguinte, não deveria ser<br />

difícil traçar objectivos estratégicos comuns e obter apoio entre to<strong>do</strong>s os Esta<strong>do</strong>s-Membros<br />

da UE. Atenden<strong>do</strong> à competição cada vez maior que se verifica entre os diferentes países<br />

e ao facto de existirem alguns conflitos por resolver, a UE tem to<strong>do</strong> o interesse em evitar<br />

o estalar de tensões relacionadas com a segurança no Árctico.<br />

Zigmantas Balčytis (S&D). – (LT) Hoje estamos a debater um assunto muito importante.<br />

Os efeitos das alterações climáticas estão a mudar de forma radical a situação na região <strong>do</strong><br />

Árctico. Devi<strong>do</strong> ao impacto <strong>do</strong> aquecimento global, abriram-se novas vias marítimas no<br />

Árctico, oferecen<strong>do</strong> oportunidades para o transporte de petróleo, de gás e de outros recursos<br />

naturais, mas, simultaneamente, devi<strong>do</strong> aos problemas ambientais e à competição entre<br />

os Esta<strong>do</strong>s pelos seus recursos, a região está a ficar extremamente vulnerável e isto pode<br />

ter consequências negativas para a estabilidade internacional e para os interesses europeus<br />

em matéria de segurança. Quanto ao impacto das alterações ambientais e climáticas na<br />

região, um <strong>do</strong>s principais objectivos da política para o Árctico deve ser mitigar o impacto<br />

negativo das mudanças climáticas e ajudar a região a adaptar-se à mudança inevitável. Até<br />

agora, não foram tomadas quaisquer disposições em relação à região. O <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />

tem sublinha<strong>do</strong> a importância da governação <strong>do</strong> Árctico em mais <strong>do</strong> que uma ocasião.<br />

Penso que, agora que a situação mu<strong>do</strong>u, temos de começar a elaborar gradualmente uma<br />

política autónoma da União Europeia, e a Comissão Europeia, por seu la<strong>do</strong>, deve<br />

desempenhar um papel activo nesta matéria. Desde há muito tempo que a situação na<br />

região causa tensão entre os países situa<strong>do</strong>s em território árctico, e essa tensão aumentará<br />

ainda mais à medida que a região se torne cada vez mais acessível. Penso que a União<br />

Europeia tem de iniciar um diálogo amplo com os outros países e que isso abriria a porta<br />

a novas oportunidades de cooperação. Defen<strong>do</strong> igualmente que é tempo de começarmos<br />

a pensar numa convenção internacional sobre a governação da região.<br />

Kristiina Ojuland (ALDE) . – (ET) Senhora Presidente, Senhora Alta Representante da<br />

União Europeia para os Negócios Estrangeiros, para além das mudanças significativas no<br />

ambiente, temos também de ter em atenção o facto de que o degelo <strong>do</strong> Oceano Árctico,<br />

que tem vin<strong>do</strong> a acelerar, abriu a possibilidade de uma corrida a novos recursos naturais.<br />

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