Debates do Parlamento Europeu - Europa
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PT<br />
<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />
bem de to<strong>do</strong>s, espera-se que a senhora Baronesa Ashton compreenda a importância <strong>do</strong><br />
seu papel, que o defenda e que esteja determinada a afirmá-lo na concretização <strong>do</strong>s requisitos<br />
<strong>do</strong> Trata<strong>do</strong>, por exemplo reforçan<strong>do</strong> as relações da União Europeia com os seus parceiros<br />
estratégicos e consolidan<strong>do</strong> a sua liderança nos fóruns multilaterais.<br />
Resumin<strong>do</strong>, necessitamos com urgência de uma estratégia que finalmente identifique os<br />
verdadeiros interesses que tencionamos perseguir, e é importante envolvermos os<br />
Esta<strong>do</strong>s-Membros em objectivos relevantes. É também importante não nos deixarmos<br />
condicionar por quaisquer disputas interinstitucionais pela divisão de competências –<br />
refiro-me, em particular, ao futuro Serviço <strong>Europeu</strong> para a Acção Externa. Essencialmente,<br />
Senhora Baronesa Ashton, queremos que seja uma protagonista. Queremos que seja uma<br />
protagonista livre de burocracias.<br />
Permita-me, portanto, que faça a seguinte observação: lamento sinceramente que tenha<br />
decidi<strong>do</strong> não participar no debate de hoje sobre Cuba. Sei que o faz por motivos váli<strong>do</strong>s e<br />
que será a primeira a participar no debate sobre o Árctico, que também é extremamente<br />
importante. Mas Cuba Libre não é só o nome de um cocktail: é o grito de democracia que<br />
muitos membros deste <strong>Parlamento</strong> trazem no coração. Por conseguinte, espero que encontre<br />
tempo para poder participar, intervir e apoiar a decisão <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> com a sua força e<br />
com a força <strong>do</strong> seu papel. Irá participar no debate sobre o Árctico e verá que Cuba Libre é<br />
melhor com um pouco de gelo.<br />
Kristian Vigenin (S&D). – (BG) O relatório da Comissão <strong>do</strong>s Assuntos Externos sobre<br />
o relatório anual <strong>do</strong> Conselho foi prepara<strong>do</strong> num espírito de cooperação e de diálogo, o<br />
que é indicativo da nossa abordagem a todas as questões estratégicas. Uma parte substancial<br />
<strong>do</strong> relatório é dedicada às implicações <strong>do</strong> Trata<strong>do</strong> de Lisboa.<br />
A este respeito, gostaria de chamar a atenção para um aspecto importante da nossa<br />
cooperação conjunta. O sucesso da política externa comum e os resulta<strong>do</strong>s reais das<br />
reformas institucionais estão a tornar-se um factor fundamental que determinará a atitude<br />
<strong>do</strong>s cidadãos europeus em relação à capacidade da União Europeia para defender os seus<br />
interesses, para mudar e evoluir. Justificadas ou não, as expectativas são grandes quanto a<br />
um reforço significativo <strong>do</strong> papel da União Europeia no palco mundial, e não temos o<br />
direito de decepcionar os cidadãos europeus.<br />
Infelizmente, nas últimas semanas, a imprensa europeia, não sem alguma razão, tem<br />
pinta<strong>do</strong> um quadro muito negro da política externa, retratan<strong>do</strong>-a como uma luta entre<br />
Esta<strong>do</strong>s-Membros pelos cargos no novo Serviço <strong>Europeu</strong> para a Acção Externa, como uma<br />
competição entre as instituições pelo "chapéu" que a senhora Baronesa Ashton irá envergar<br />
mais vezes – o da Comissão ou o <strong>do</strong> Conselho – e como uma luta desigual <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong><br />
<strong>Europeu</strong> para adquirir mais influência.<br />
Compreende que isto está a prejudicar-nos internamente. Além disso, é também<br />
particularmente nocivo como mensagem para os nossos parceiros externos. A divisão<br />
enfraquece-nos aos seus olhos.<br />
Por este motivo, aproveito a oportunidade oferecida por este debate para fazer um apelo.<br />
To<strong>do</strong>s nós, que participamos na concepção e no desenvolvimento da Política Externa e de<br />
Segurança Comum, devemos concentrar-nos nas questões estratégicas importantes e fazer<br />
to<strong>do</strong>s os possíveis para mostrar, quanto antes, resulta<strong>do</strong>s palpáveis, por meio <strong>do</strong> reforço<br />
<strong>do</strong> diálogo e de uma abordagem construtiva. Temos uma dívida para com os cidadãos da<br />
10-03-2010