Debates do Parlamento Europeu - Europa
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10-03-2010<br />
PT<br />
<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />
Presidente. – Lamento, mas não tivemos interpretação para a última parte da sua<br />
intervenção.<br />
Pat the Cope Gallagher (ALDE). – (EN) Senhora Presidente, não tenho dúvidas de que<br />
to<strong>do</strong>s os presentes terão compreendi<strong>do</strong> o que eu disse!<br />
Em conclusão, disse que o <strong>Parlamento</strong> iria ser anfitrião da conferência e gostaria que,<br />
Senhora Alta Representante para os Negócios Estrangeiros, dependen<strong>do</strong> da sua<br />
disponibilidade, como é evidente, considerasse o meu convite para participar em parte da<br />
reunião. É o contexto ideal, creio, para adquirir um conhecimento mais profun<strong>do</strong> das<br />
questões envolvidas, e permite a parlamentares de várias partes desta vasta região<br />
estabeleceram e reforçarem laços.<br />
Reinhard Bütikofer (Verts/ALE). – (DE) Senhora Presidente, congratulo-me com a<br />
realização deste debate e estou satisfeito por a senhora Alta Representante da União Europeia<br />
para os Negócios Estrangeiros estar aqui a participar nele. Afirmaram que o que está em<br />
jogo é a protecção da região e da população local. De facto, isso é verdade. No entanto, no<br />
que respeita aos povos indígenas desta região em particular, está em causa algo mais <strong>do</strong><br />
que a protecção que lhes concedemos <strong>do</strong> exterior; está em causa o respeito <strong>do</strong> seu direito<br />
à auto-determinação. É muito importante ter em conta este princípio na política para o<br />
Árctico.<br />
Quanto à questão da protecção da natureza da região, é importante salientar que existem,<br />
evidentemente, um grande número de áreas sensíveis. Estou ciente de que muitos <strong>do</strong>s<br />
presentes neste debate rejeitam a ideia de uma moratória. Talvez, Senhora Alta<br />
Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, estivesse também a pensar<br />
nisso quan<strong>do</strong> disse que “a região <strong>do</strong> Árctico é substancialmente diferente da Antárctida”,<br />
mas, mesmo rejeitan<strong>do</strong> uma moratória, há que dar uma resposta à questão – e em termos<br />
práticos, não apenas líricos – de como as áreas particularmente sensíveis da região poderão<br />
ser eficazmente protegidas ao abrigo <strong>do</strong> princípio da precaução. Não podemos deixar que<br />
a situação se desenvolva ao ponto de, no interesse de uma economia de visão curta, o grito<br />
de guerra “necessitamos <strong>do</strong> gás, necessitamos <strong>do</strong> peixe” prevaleça sobre to<strong>do</strong>s os princípios<br />
de precaução.<br />
Gostaria também de complementar o que foi dito pelo senhor deputa<strong>do</strong> Gahler. Senhor<br />
Deputa<strong>do</strong>, referiu o potencial de conflito. Isso é um facto, sem dúvida. Podemos, aliás,<br />
constatar já que, no plano internacional, as discussões não se caracterizam apenas pela<br />
vontade de encontrar uma base comum, ou o Canadá e a Rússia, por exemplo, não teriam<br />
tenta<strong>do</strong> impedir a concessão <strong>do</strong> estatuto de observa<strong>do</strong>r à UE no seio <strong>do</strong> Conselho <strong>do</strong><br />
Árctico. O Conselho <strong>do</strong> Árctico, naturalmente, é uma organização sem valor jurídico, não<br />
ten<strong>do</strong> um orçamento ou funcionários fixos. Não servirá como estrutura de governação.<br />
No entanto, devemos ter o cuida<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> considerarmos novas estruturas de governação<br />
– e entendi ser essa a sua posição, Senhora Alta Representante – de avançar de forma<br />
inclusiva, reconhecen<strong>do</strong> o desejo de envolvimento também de outras organizações.<br />
Anna Rosbach (EFD). – (DA) Senhora Presidente, vejo que tanto a Comissão como a<br />
Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros defendem que a UE deve<br />
estabelecer uma política para o Árctico. Sou a favor, é claro, da ideia de proteger o ambiente<br />
<strong>do</strong> Árctico e, como dinamarquesa, estou muito bem consciente da situação geopolítica.<br />
Estou igualmente ciente <strong>do</strong>s problemas que a população local enfrenta e penso,<br />
naturalmente, que devemos respeitar a sua forma de vida. Dito isto, não considero que a<br />
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