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Debates do Parlamento Europeu - Europa

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PT<br />

convicto de que assim não será, e, aliás, não é isso que figura no Trata<strong>do</strong>, antes pelo<br />

contrário. Podem acreditar num deputa<strong>do</strong> francês ao PE que militou infatigavelmente pelo<br />

regresso <strong>do</strong> seu país às estruturas integradas da NATO.<br />

Quan<strong>do</strong> falamos em autonomia estratégica, que ideia estamos a desenvolver, que política<br />

temos vin<strong>do</strong> a desenvolver desde há dez anos? A resposta é a capacidade da União Europeia<br />

para intervir por meio de missões civis e militares em zonas em que outras organizações,<br />

incluin<strong>do</strong> a NATO, não o podem fazer. A NATO não poderia ter intervin<strong>do</strong> para pôr termo<br />

ao conflito na Geórgia, onde a ONU ou a OSCE não estão presentes. A NATO não interveio<br />

antes de nós no Corno de África para pôr fim aos fenómenos que ameaçam os nossos<br />

interesses de segurança.<br />

A autonomia estratégica também significa a capacidade de intervir com um leque de<br />

instrumentos que só nós possuímos: instrumentos civis e militares, instrumentos jurídicos,<br />

instrumentos financeiros, instrumentos de desenvolvimento. A União Europeia encontra-se<br />

numa situação privilegiada para desenvolver esta abordagem global nas zonas de crise.<br />

A nossa autonomia estratégica é também a nossa capacidade, quan<strong>do</strong> necessário, de não<br />

intervir, quer em campanhas militares unilaterais, quer – e este facto foi salienta<strong>do</strong> por<br />

vários deputa<strong>do</strong>s austríacos – porque existem entre nós países neutros e porque respeitamos<br />

o seu estatuto.<br />

É nisto que consiste a defesa e a segurança europeias. É nisto que consiste a autonomia<br />

estratégica que estamos a desenvolver através desta política. Nunca esqueçamos as origens<br />

desta Política Europeia de Segurança e Defesa. Ela teve origem num fracasso trágico e<br />

sangrento: o <strong>do</strong>s Balcãs, na década de 1990, onde a União Europeia foi incapaz de suplantar<br />

um enorme desafio de segurança no seu próprio continente. Não esqueçamos isso. Os<br />

nossos cidadãos europeus não o esqueceram e não nos per<strong>do</strong>ariam se aban<strong>do</strong>nássemos a<br />

ambição de ver a <strong>Europa</strong> desempenhar um papel no cenário internacional.<br />

(Aplausos)<br />

Presidente. – Está assim concluí<strong>do</strong> este ponto da ordem <strong>do</strong> dia. Está encerra<strong>do</strong> o debate.<br />

Nos termos <strong>do</strong> n.º 5 <strong>do</strong> artigo 115.º <strong>do</strong> Regimento, declaro que recebi seis propostas de<br />

resolução (1) para encerrar o debate.<br />

A votação terá lugar hoje.<br />

Elena Băsescu (PPE), por escrito. – (RO) Primeiro que tu<strong>do</strong>, quero felicitar o senhor<br />

deputa<strong>do</strong> Albertini pela elaboração <strong>do</strong> relatório em apreço. Congratulo-me por as alterações<br />

que apresentei terem si<strong>do</strong> a<strong>do</strong>ptadas. Na semana passada, a Comissão Europeia anunciou<br />

o financiamento de 43 projectos energéticos de grande envergadura, incluin<strong>do</strong> quatro que<br />

envolvem a Roménia. No futuro, a Comissão deve atribuir a devida importância ao oleoduto<br />

pan-europeu Constanţa-Trieste, assim como ao desenvolvimento das relações com os<br />

países da Parceria Oriental. Além disso, devem ser intensifica<strong>do</strong>s os esforços com vista à<br />

execução de projectos no quadro da Sinergia <strong>do</strong> Mar Negro, a fim de garantir uma<br />

cooperação mais eficaz neste <strong>do</strong>mínio. A República da Moldávia pode desempenhar um<br />

papel importante tanto na Parceria Oriental como na Sinergia <strong>do</strong> Mar Negro. A União<br />

Europeia deve conceder especial atenção às relações com este país e apoiá-lo no seu percurso<br />

para a adesão à UE. A UE deve aprofundar o seu envolvimento na resolução de conflitos<br />

(1) Ver Acta<br />

<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />

10-03-2010

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