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Debates do Parlamento Europeu - Europa

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PT<br />

<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />

Durante to<strong>do</strong> esse tempo, a repressão em Cuba continuou. Não houve mudanças nem<br />

reformas. Não obstante, o diálogo político manteve-se. Agora estamos to<strong>do</strong>s abala<strong>do</strong>s com<br />

a morte cruel <strong>do</strong> prisioneiro político, Orlan<strong>do</strong> Zapata.<br />

Como é sabi<strong>do</strong>, Senhoras e Senhores Deputa<strong>do</strong>s, alguns governos, como o Governo<br />

espanhol, afirmaram repetidamente que querem cancelar a posição comum. A posição<br />

comum diz algo que é muito lógico: o apoio à transição democrática, ou seja, essencialmente<br />

o mesmo que é exigi<strong>do</strong> pelos princípios e objectivos <strong>do</strong> artigo 21.º <strong>do</strong> Trata<strong>do</strong>.<br />

Termino com duas considerações. A posição comum não impediu o diálogo. Isso é evidente.<br />

Aliás, foi reconfirma<strong>do</strong> recentemente pelos 27 ministros, em Junho de 2009. Em segun<strong>do</strong><br />

lugar, a prioridade não pode ser a alteração da posição comum – isso seria a última gota!<br />

A prioridade agora é exigir a libertação imediata, total e incondicional de to<strong>do</strong>s os<br />

prisioneiros políticos.<br />

Considero Cuba e a América Latina ocidentais e os símbolos que identificam o Ocidente<br />

são a dignidade <strong>do</strong>s seres humanos e o respeito <strong>do</strong>s seus direitos fundamentais. Uma<br />

consideração final: gostaria de recordar o Conselho que, nas suas próprias conclusões de<br />

Junho de 2009, afirmou que o futuro <strong>do</strong> diálogo político com as autoridades cubanas<br />

estava dependente <strong>do</strong>s progressos realiza<strong>do</strong>s, particularmente em matéria de direitos<br />

humanos. Poderá alguém afirmar que esses progressos estão a acontecer? Poderá alguém<br />

efectivamente afirmá-lo?<br />

Antonio Masip Hidalgo (S&D). – (ES) “A história absolver-me-á” foi a frase famosa de<br />

um jovem advoga<strong>do</strong> que fez o seu povo vibrar. A história absolve-o, efectivamente, da sua<br />

revolta contra a tirania e contra o embargo imposto pelos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s.<br />

No entanto, é com o mesmo juízo enfático que o <strong>Parlamento</strong>, que representa o maior<br />

espaço de liberdade e democracia <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, condena a ditadura com que sofre o povo<br />

de Cuba, a violação <strong>do</strong>s direitos humanos na ilha, a crueldade para com os prisioneiros<br />

políticos e o desprezo pelos seus cidadãos no exílio. O juízo da história é claro.<br />

Com desta resolução, os deputa<strong>do</strong>s de todas as ideologias estão ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> povo cubano<br />

na sua luta. Temos de fazer tu<strong>do</strong> o que estiver ao nosso alcance para impedir a opressão<br />

brutal que estão a sofrer, nomeadamente cancelar a paralisante posição comum.<br />

Presto homenagem a Raúl Rivero nos últimos versos que escreveu na sua cidade de Havana,<br />

que dizem que não se impõe impostos ao afecto, ao vazio, à asfixia ou à amargura. As<br />

ruínas da pátria estão seguras. Não se preocupem, camaradas. Vamos andan<strong>do</strong>.<br />

Fiorello Provera (EFD). - (IT) Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputa<strong>do</strong>s, uma<br />

vez mais, as escolhas e o comportamento <strong>do</strong> regime comunista cubano criam um dilema<br />

ao nosso <strong>Parlamento</strong>: será possível continuar a dialogar com este regime? Há já vários anos<br />

que o <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong> tem vin<strong>do</strong> a pedir às autoridades cubanas reformas democráticas<br />

que contemplem o respeito pelos direitos humanos. Mas a passagem <strong>do</strong> poder de Fidel<br />

Castro ao seu irmão Raúl não conduziu a reformas democráticas nem à libertação <strong>do</strong>s<br />

prisioneiros políticos.<br />

A morte de Orlan<strong>do</strong> Zapata na prisão, após 85 dias de greve de fome, demonstra a natureza<br />

ideológica e opressiva <strong>do</strong> regime. Durante 10 anos, a União Europeia financiou medidas<br />

de auxílio a Cuba no valor de 145 milhões de euros: os resulta<strong>do</strong>s foram tu<strong>do</strong> menos<br />

brilhantes. Na realidade, este financiamento contribuiu para perpetuar a tirania. Se queremos<br />

ser credíveis, temos de exigir que as relações com Havana, nomeadamente a ajuda ao<br />

10-03-2010

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