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Debates do Parlamento Europeu - Europa

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PT<br />

que o clima, a energia e outras questões constituem matérias de política externa, e a outra<br />

é criar um Serviço <strong>Europeu</strong> para a Acção Externa dinâmico e eficaz.<br />

A propósito da política energética, Copenhaga mostrou que, se não estivermos uni<strong>do</strong>s, se<br />

estivermos fragmenta<strong>do</strong>s, se to<strong>do</strong>s os Chefes de Governo tiverem objectivos próprios,<br />

seremos menos bem-sucedi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> que se agirmos de outra forma. Não digo que<br />

alcançaremos resulta<strong>do</strong>s espantosos, dada a posição da China e <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, mas<br />

não devemos permitir que a novela de má qualidade que foi Copenhaga se repita.<br />

Consequentemente – e concor<strong>do</strong> com o senhor deputa<strong>do</strong> Brok a este respeito –, temos de<br />

instituir um Serviço <strong>Europeu</strong> para a Acção Externa sóli<strong>do</strong>. Tal como muitos de nós, não<br />

estou surpreendi<strong>do</strong>, mas estou, no entanto, aterra<strong>do</strong> com o número de ministros <strong>do</strong>s<br />

Negócios Estrangeiros que lhe estão a colocar problemas, movi<strong>do</strong>s por uma inveja<br />

mesquinha. Dizemo-lo muito claramente. Muitos apoiam-na, efectivamente, mas muitos<br />

estão a criar problemas. Simplesmente não toleram o facto de já não desempenharem o<br />

papel principal e de terem volta<strong>do</strong> a ser ministros <strong>do</strong>s negócios estrangeiros. Afinal, ser<br />

ministro <strong>do</strong>s negócios estrangeiros não é um mau cargo, e isto não significa necessariamente<br />

que cabe a si decidir to<strong>do</strong>s os pormenores <strong>do</strong> que acontece na União Europeia. Por este<br />

motivo, também afirmamos claramente que faremos pleno uso <strong>do</strong>s nossos poderes<br />

parlamentares não para impedir algo, mas sim para edificar algo construtivo. O Serviço<br />

<strong>Europeu</strong> para a Acção Externa é construtivo – como é dito no Trata<strong>do</strong> de Lisboa –, desde<br />

que esteja claramente subordina<strong>do</strong> a si, Senhora Baronesa Ashton, e também,<br />

evidentemente, desde que colabore de perto com a Comissão.<br />

De igual mo<strong>do</strong>, não toleraremos que qualquer actividade jurídica até aqui objecto <strong>do</strong><br />

méto<strong>do</strong> comunitário e que, segun<strong>do</strong> o Trata<strong>do</strong> de Lisboa, deve continuar a sê-lo, passe<br />

subitamente a ser submetida ao méto<strong>do</strong> intergovernamental. Isso é exactamente o que<br />

muitos ministros, e talvez até muitos chefes de governo, pretendem, não só para enfraquecer<br />

a Comissão, como também para lesar o direito comunitário. Não é aceitável. É necessário<br />

estabelecer limites claros.<br />

Como esta situação irá afectar o Serviço <strong>Europeu</strong> para a Acção Externa é algo que será<br />

debati<strong>do</strong> nas próximas semanas, como anteriormente. Em consequência, terminarei também<br />

com algo que já foi dito. Não é uma questão de timing, ainda que desejemos uma solução<br />

rápida, mas sim de apresentação de conteú<strong>do</strong>s. É necessário dizer novamente, em particular<br />

ao Conselho <strong>do</strong>s Ministros <strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros, que este <strong>Parlamento</strong> exercerá os<br />

seus direitos – não mais, mas não menos – em matéria de orçamento e de Estatuto <strong>do</strong>s<br />

Funcionários, porque temos um objectivo, que é um Serviço <strong>Europeu</strong> para a Acção Externa<br />

eficaz e eficiente.<br />

(Aplausos)<br />

<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />

Andrew Duff (ALDE). – (EN) Senhor Presidente, penso que to<strong>do</strong>s esperávamos<br />

dificuldades na entrada em vigor <strong>do</strong> Trata<strong>do</strong> e podemos pedir desculpa por não termos<br />

nele incluí<strong>do</strong> uma cláusula relativa às viagens no tempo, mas o que não esperávamos e que<br />

não podemos aceitar é uma quebra de confiança entre a Comissão e o Conselho na criação<br />

<strong>do</strong> SEAE. A solução está no Trata<strong>do</strong>, que deve ser reconheci<strong>do</strong> e escrupulosamente<br />

respeita<strong>do</strong>.<br />

O artigo 40.º protege as funções respectivas da Comissão e <strong>do</strong> Conselho. Ambos devem<br />

aplicar o pragmatismo para que seja criada uma diplomacia forte, eficaz e coerente no que<br />

se refere à totalidade das políticas. A senhora Baronesa Catherine Ashton fez-nos uma<br />

10-03-2010

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