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Debates do Parlamento Europeu - Europa

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10-03-2010<br />

PT<br />

<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />

a sua vocação distintiva menos eficaz. Assim como é importante o estabelecimento de um<br />

merca<strong>do</strong> aberto, livre e justo, este só prevalecerá se a contrafacção merecer o repúdio e o<br />

combate generaliza<strong>do</strong>s por parte <strong>do</strong>s principais produtores. O Acor<strong>do</strong> Comercial de<br />

Combate à Contrafacção pode ser um caminho que valha a pena ser trilha<strong>do</strong> mas, para<br />

isso, deverá antes ser conheci<strong>do</strong> e debati<strong>do</strong> de forma transparente, ao contrário <strong>do</strong> que<br />

vem suceden<strong>do</strong> até agora.<br />

José Manuel Fernandes (PPE), por escrito. − Em 2008, a União Europeia e outros países<br />

da OCDE deram início a negociações sobre um novo acor<strong>do</strong> plurilateral destina<strong>do</strong> a reforçar<br />

a aplicação <strong>do</strong>s direitos de propriedade intelectual (DPI) e a combater a contrafacção e a<br />

pirataria (Acor<strong>do</strong> Comercial Anti-contrafacção - ACTA), e decidiram conjuntamente<br />

aprovar uma cláusula de confidencialidade. Qualquer acor<strong>do</strong> relativo ao ACTA, concluí<strong>do</strong><br />

pela União Europeia, deve respeitar as obrigações jurídicas impostas à UE em matéria de<br />

privacidade e de legislação relativa à protecção de da<strong>do</strong>s, tal como definidas na Directiva<br />

95/46/CE, na Directiva 2002/58/CE e na jurisprudência <strong>do</strong> Tribunal <strong>Europeu</strong> <strong>do</strong>s Direitos<br />

<strong>do</strong> Homem e <strong>do</strong> Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), Na sequência da entrada<br />

em vigor <strong>do</strong> Trata<strong>do</strong> de Lisboa, o <strong>Parlamento</strong> terá de dar o seu acor<strong>do</strong> ao texto <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong><br />

ACTA, antes da respectiva entrada em vigor na União Europeia. Para além disso, a Comissão<br />

comprometeu-se presta as informações imediatas e completas ao <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong> em<br />

todas as fases das negociações de acor<strong>do</strong>s internacionais. Assim, devia ter si<strong>do</strong> criada uma<br />

base jurídica antes <strong>do</strong> início das negociações ACTA e o <strong>Parlamento</strong> devia ter aprova<strong>do</strong> um<br />

mandato negocial. A Comissão deve apresentar propostas antes da próxima ronda de<br />

negociações.<br />

João Ferreira (GUE/NGL), por escrito. − Ficou bem patente a condenação geral, pelo<br />

<strong>Parlamento</strong>, da sonegação de informação por parte da Comissão relativamente às<br />

negociações em curso <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> Comercial de Combate à Contrafacção (ACTA) e as<br />

limitações que, assim proceden<strong>do</strong>, procurou impor ao seu escrutínio e controlo<br />

democráticos. Assim, consideramos importante que a Resolução defenda a "obrigação<br />

jurídica" da Comissão "de informar imediata e plenamente o <strong>Parlamento</strong> em todas as fases<br />

<strong>do</strong>s processos de negociação de acor<strong>do</strong>s internacionais".<br />

Exigem-se procedimentos democráticos e transparentes na condução das negociações,<br />

bem como o debate público <strong>do</strong> seu conteú<strong>do</strong>, o que consideramos positivo. Salientamos<br />

ainda a defesa que é feita da necessidade de respeitar "direitos fundamentais, como sejam<br />

a liberdade de expressão e o direito à privacidade, a par <strong>do</strong> pleno respeito da subsidiariedade",<br />

bem como a protecção de da<strong>do</strong>s pessoais. Daí o nosso voto a favor.<br />

Bruno Gollnisch (NI), por escrito. – (FR) Este projecto de Acor<strong>do</strong> Comercial<br />

Anticontrafacção, conheci<strong>do</strong> por ACTA, pode parecer uma boa ideia, tais são os danos<br />

que estas práticas desleais acarretam para a economia europeia e para os empregos europeus<br />

no mun<strong>do</strong> de excessivo comércio livre que nos impõem. Todavia, como geralmente<br />

acontece quan<strong>do</strong> há algo de fundamentalmente nefasto num acor<strong>do</strong> negocia<strong>do</strong> pela<br />

Comissão, tu<strong>do</strong> é feito em segre<strong>do</strong>.<br />

Estou a pensar no Acor<strong>do</strong> de Blair House, que sacrificou a agricultura europeia para<br />

satisfazer os apetites de multinacionais norte-americanas <strong>do</strong> sector agro-alimentar. Estou<br />

igualmente a pensar no escandaloso AMI, o Acor<strong>do</strong> Multilateral sobre Investimentos, que<br />

pretendia eximir as multinacionais das leis em vigor nos países onde operavam. Felizmente,<br />

esse acor<strong>do</strong> não se concretizou. Neste caso, é a secção “Internet” <strong>do</strong> ACTA que está em<br />

causa: resume-se, literalmente, à introdução de uma monstruosa “lei Ha<strong>do</strong>pi” mundial.<br />

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