Debates do Parlamento Europeu - Europa
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PT<br />
<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />
Relativamente ao Serviço <strong>Europeu</strong> para a Acção Externa, necessitamos de uma instituição<br />
construída sobre o princípio da responsabilidade política e orçamental, mas também sobre<br />
o princípio da eficácia. Não devemos instituir um serviço que preserve a velha concorrência<br />
nacional ou a presente estrutura burocrática. O responsável pela acção externa europeia,<br />
que acumula <strong>do</strong>is pelouros, deve actuar sempre na sua dupla qualidade, de mo<strong>do</strong> a assegurar<br />
a unidade <strong>do</strong> SEAE e a coerência da sua acção.<br />
No que diz respeito à política de vizinhança, é necessária uma abordagem que não exclua<br />
a Rússia e a Turquia. No Mar Negro, temos de passar da sinergia à estratégia. Nos conflitos<br />
congela<strong>do</strong>s, precisamos de iniciativas regionais e de mecanismos de cooperação e de<br />
segurança regional sujeitos a garantias internacionais.<br />
No <strong>do</strong>mínio da segurança mundial, é necessário um novo acor<strong>do</strong> que reflicta as realidades<br />
da ordem pós-bipolar. Temos de promover os nossos valores no mun<strong>do</strong>, mas de uma<br />
forma secular e não como novos cruza<strong>do</strong>s.<br />
Estas e muitas outras são as nossas prioridades, que definem os contornos de uma tarefa<br />
hercúlea. Trabalhemos em conjunto – <strong>Parlamento</strong>, Comissão e Conselho – para cumprir<br />
esta tarefa.<br />
Annemie Neyts-Uyttebroeck, em nome <strong>do</strong> Grupo ALDE. – (NL) Senhor Presidente,<br />
Senhora Vice-Presidente da Comissão/Alta Representante da União, Senhoras e Senhores<br />
Deputa<strong>do</strong>s. Senhora Baronesa Ashton, primeiro que tu<strong>do</strong>, permita-me que lhe dê as<br />
boas-vindas e que diga que espero muito sinceramente que a sua excelente e firme alocução<br />
de hoje constitua efectivamente o prenúncio <strong>do</strong> fim de um perío<strong>do</strong> particularmente difícil<br />
para to<strong>do</strong>s nós, que teve início em Novembro, quan<strong>do</strong> terminou o mandato da anterior<br />
Comissão. Se há uma coisa em que estamos de acor<strong>do</strong>, é a seguinte: não nos podemos<br />
permitir perío<strong>do</strong>s tão longos de hesitação. Desde o final de Novembro até muito<br />
recentemente, e lamento ter de o dizer, foi como se a UE tivesse desapareci<strong>do</strong> <strong>do</strong> palco<br />
mundial ou estivesse muito perto disso. Permita-me que repita que não podemos permitir<br />
que isso aconteça em circunstância alguma. Porque, obviamente, o mun<strong>do</strong> não esperará<br />
por nós. Citou alguns números que ilustram claramente este facto. Contu<strong>do</strong>, também<br />
testemunhámos uma série de acontecimentos que o ilustraram claramente: as catástrofes<br />
naturais que se sucedem, os ataques horren<strong>do</strong>s que se sucedem, o facto de alguns governos<br />
<strong>do</strong> Médio Oriente, apesar de democráticos, terem toma<strong>do</strong> decisões que dificultaram<br />
seriamente o processo de paz, ou o pouco que dele resta, etc. Em consequência, precisamos<br />
de um Vice-Presidente da Comissão/Alta Representante da União que esteja em posição<br />
de estar presente no terreno, e não só nos centros decisórios europeus, mas também nos<br />
centros decisórios <strong>do</strong> resto <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. A Senhora Baronesa e nós sabíamos que estava a<br />
assumir uma tarefa quase impossível. Admiro-a por isso. Prometemos apoiá-la nessa tarefa.<br />
Estamos satisfeitos por a termos ouvi<strong>do</strong> falar hoje e por termos testemunha<strong>do</strong> a sua enérgica<br />
declaração acerca <strong>do</strong> Serviço <strong>Europeu</strong> para a Acção Externa, de que to<strong>do</strong>s necessitamos<br />
tão desesperadamente. Se existe alguém que ainda conserva a vontade de pôr termo ao<br />
que os ingleses chamam "turf wars" – em que uma das partes combate com luvas e a outra<br />
sem –, então tenho a certeza de que, se to<strong>do</strong>s trabalharmos em conjunto, seremos capazes<br />
de nos prepararmos para os desafios <strong>do</strong> futuro. Obrigada pela sua atenção.<br />
Franziska Katharina Brantner, em nome <strong>do</strong> Grupo Verts/ALE. – (DE) Senhor Presidente,<br />
Senhora Baronesa Ashton, Senhoras e Senhores Deputa<strong>do</strong>s, Senhora Baronesa Ashton,<br />
ouvimos atentamente o que tinha a dizer. Infelizmente, não podemos deixar de observar<br />
que provavelmente ainda teremos de esperar algum tempo até que elabore planos para<br />
10-03-2010