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Debates do Parlamento Europeu - Europa

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PT<br />

<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />

controlar o Kremlin. Não podemos permitir que o Árctico seja um novo terreno para as<br />

tendências expansionistas da Rússia.<br />

Søren Bo Søndergaard, em nome <strong>do</strong> Grupo GUE/NGL. – (DA) Senhor Presidente, há<br />

várias boas razões para discutirmos a situação <strong>do</strong> Árctico. Algumas delas foram<br />

mencionadas. Há a questão das alterações climáticas, na medida em que a região tem si<strong>do</strong><br />

seriamente afectada pelo aquecimento global. Há a questão <strong>do</strong>s recursos naturais, na medida<br />

em que a região os tem em abundância. E depois há a questão da abertura da rota marítima<br />

setentrional, que implicará modelos de transporte totalmente novos. No entanto, a questão<br />

fundamental para o meu grupo é saber de que ângulo deveremos abordar o Árctico. Deverá<br />

o nosso ponto de partida ser o conjunto de vantagens, em senti<strong>do</strong> estrito, que a UE pode<br />

tirar da região <strong>do</strong> Árctico? Ou deveremos concentrar-nos na forma como o desenvolvimento<br />

da região poderá beneficiar a comunidade global – respeitan<strong>do</strong>, ao mesmo tempo, não<br />

esqueçamos, o direito à auto-determinação <strong>do</strong>s povos <strong>do</strong> Árctico?<br />

A posição que tomarmos será um teste fundamental a esta questão: deve a política por nós<br />

seguida conduzir a que o Árctico se torne uma zona susceptível de ser palco de uma nova<br />

corrida às armas – a Rússia tem desempenha<strong>do</strong> aqui um papel activo e outros têm-na<br />

segui<strong>do</strong> –, ou deverá o Árctico, tal como a Antárctida, ser uma zona desmilitarizada? É<br />

óbvio que há uma diferença entre o Pólo Norte e o Pólo Sul, entre o Árctico e a Antárctida.<br />

Contu<strong>do</strong>, é interessante que tenhamos consegui<strong>do</strong> concluir um trata<strong>do</strong> sobre a Antárctida,<br />

no qual excluímos a presença militar e estipulámos que a região só pode ser utilizada para<br />

fins pacíficos. A principal questão que se coloca à Comissão é se deve trabalhar no senti<strong>do</strong><br />

de tornar o Árctico uma zona desmilitarizada e, nesse caso, que iniciativas específicas deve<br />

tomar para esse fim.<br />

Timo Soini, em nome <strong>do</strong> Grupo EFD. – (FI) Senhor Presidente, a questão <strong>do</strong> Árctico é<br />

importante e hoje cabe também ao <strong>Parlamento</strong> discuti-la. Na Finlândia conhecemos bem<br />

a situação <strong>do</strong> Árctico. Vivemos lá. Quan<strong>do</strong> a senhora Alta Representante da União Europeia<br />

para os Negócios Estrangeiros se deslocar à Lapónia, encontrará muitas pessoas que vivem<br />

e trabalham a norte <strong>do</strong> Círculo Polar Árctico. Eu próprio, quan<strong>do</strong> lá vou ao <strong>do</strong>mingo,<br />

encontro muitas pessoas particularmente preocupadas com questões relacionadas com o<br />

seu trabalho e a sua subsistência porque, numa verdadeira democracia, as pessoas podem<br />

escolher livremente onde querem viver. Também podem viver no Árctico se quiserem.<br />

A Universidade da Lapónia, em Rovaniemi, é o melhor local para efectuar o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

ponto de vista financeiro e das condições de investigação. A senhora deputada Diana Wallis<br />

tinha feito uma avaliação positiva <strong>do</strong> local no jornal finlandês “Kaleva” e, para variar, eu<br />

gostaria de manifestar o meu acor<strong>do</strong> com uma opinião liberal.<br />

Quanto ao futuro da região, devemos concentrar-nos em três elementos: natureza, animais<br />

e pessoas. Se estes três elementos puderem coexistir em harmonia em qualquer parte <strong>do</strong><br />

Árctico, teremos uma política sustentável no Árctico e poderemos igualmente explorar a<br />

sua logística e economia, respeitan<strong>do</strong> embora a natureza, as pessoas e os animais.<br />

Diane Dodds (NI). – (EN) Senhor Presidente, agradeço a oportunidade de intervir hoje<br />

neste debate e gostaria de focar uma questão muito específica que já foi levantada por<br />

alguns <strong>do</strong>s colegas que escutei.<br />

Não há dúvida de que as condições de vida na bela região <strong>do</strong> Árctico são duras, mas também<br />

ninguém duvida de que com as novas tecnologias e avanços técnicos, a zona ficará<br />

10-03-2010

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