Debates do Parlamento Europeu - Europa
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10-03-2010<br />
PT<br />
<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />
inevitavelmente exposta a uma exploração mais intensiva <strong>do</strong>s seus recursos naturais, como<br />
é o caso <strong>do</strong>s recursos haliêuticos.<br />
A actual dimensão da actividade piscatória, bem como a possibilidade de abertura de novas<br />
zonas à pesca, é analisada na comunicação de 2008 da Comissão. É bom, de facto, que<br />
a<strong>do</strong>ptemos uma abordagem sistemática a esta questão. A pesca sustentável protege as<br />
unidades populacionais de peixe e dá um futuro às comunidades piscatórias. O <strong>do</strong>cumento<br />
de que falei refere igualmente, e bem, a necessidade de proteger os povos indígenas e as<br />
populações locais, mencionan<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s estatísticos que indicam que cerca de um terço <strong>do</strong>s<br />
quatro milhões de pessoas que vivem na região são autóctones – mais uma vez, um objectivo<br />
louvável. No entanto – e é sobre este ponto que alerto a Comissão – continuo a ver sinais,<br />
em ambos os <strong>do</strong>cumentos, de que a Comissão não aprendeu a lição com o desastre da<br />
política comum das pescas, que na Irlanda <strong>do</strong> Norte tem si<strong>do</strong> responsável pela destruição<br />
da indústria pesqueira.<br />
Este procedimento de controlar e definir objectivos e méto<strong>do</strong>s de cima para baixo, a partir<br />
de Bruxelas, tem-se revela<strong>do</strong> um completo fracasso e, no entanto, o que se pode inferir <strong>do</strong><br />
<strong>do</strong>cumento de 2008 e <strong>do</strong> Conselho “Negócios Estrangeiros” de Dezembro de 2009 é que<br />
a UE utilizará a mesma forma de proceder para o Árctico. Exorto a senhora Alta<br />
Representante a ter isto presente enquanto continua a explorar a melhor forma de coordenar<br />
a política para esta área.<br />
Jarosław Leszek Wałęsa (PPE). – (PL) Senhor Presidente, com o desenvolvimento <strong>do</strong><br />
mun<strong>do</strong> moderno, a política para o Árctico, que tem si<strong>do</strong> associa<strong>do</strong> a condições climáticas<br />
extremas, a ursos polares e a planícies de gelo a perder de vista, está a começar a assumir<br />
um novo significa<strong>do</strong>. O desenvolvimento <strong>do</strong> comércio internacional e a necessidade<br />
acrescida de recursos naturais suscitou um aumento <strong>do</strong> interesse na região. Com o rápi<strong>do</strong><br />
recuo <strong>do</strong> banco de gelo <strong>do</strong> Árctico, surgiram novas possibilidades de exploração da região.<br />
O Árctico passou de território remoto a centro de interesse para países que procuram novas<br />
rotas de navegação, inesgotáveis fontes de recursos naturais e peixe. No entanto, já sabemos<br />
tu<strong>do</strong> isto.<br />
A questão é – como deverá reagir a União aos nervosos preparativos para uma espécie de<br />
invasão <strong>do</strong> Árctico que se têm esta<strong>do</strong> a verificar, desde há algum tempo, na Rússia, nos<br />
Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, no Canadá e na Noruega? Em primeiro lugar, é necessário fazer face ao<br />
problema da não-regulamentação <strong>do</strong> estatuto jurídico da região. Um plano de acção basea<strong>do</strong><br />
nos meios diplomáticos que têm si<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>s até agora deveria conduzir a um consenso<br />
internacional que garantisse uma divisão justa de potenciais aquisições territoriais. A falta<br />
de regulamentação jurídica pode fazer da região uma fonte de conflito à escala global. Por<br />
conseguinte, é necessária uma acção sistemática e coordenada que responda aos desafios<br />
que estão a surgir a um ritmo muito rápi<strong>do</strong>. A criação de infra-estruturas de pesquisa e o<br />
desenvolvimento de uma administração multilateral <strong>do</strong> Árctico, baseada na convenção<br />
das Nações Unidas e com o envolvimento da população local, são apenas alguns elementos<br />
que deverão fazer parte de uma futura estratégia europeia para o Árctico, cujo objectivo<br />
será manter o equilíbrio entre a protecção <strong>do</strong> ambiente e a utilização sustentável <strong>do</strong>s<br />
recursos.<br />
Kriton Arsenis (S&D). – (EL) Gostaria de dar as boas-vindas à Alta Representante para<br />
os Assuntos Externos.<br />
O Árctico é a região <strong>do</strong> planeta onde os efeitos das alterações climáticas são mais evidentes.<br />
O aquecimento global conduziu a um recuo significativo da calote polar. O ano de referência<br />
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