Debates do Parlamento Europeu - Europa
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10-03-2010<br />
PT<br />
<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />
(RC7-0154/2010) e, consequentemente, o apelo que o <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong> faz à Comissão<br />
para que estruture a sua política de informação no que se refere às negociações ACTA de<br />
forma mais transparente, completa e, por isso, também holística.<br />
David Martin (S&D), por escrito. – (EN) A transparência das negociações ACTA é vital,<br />
e congratulo-me pelo facto de o <strong>Parlamento</strong> ter exigi<strong>do</strong> a divulgação total de forma tão<br />
expressiva. Embora esteja satisfeito por receber garantias de que os indivíduos não serão<br />
criminaliza<strong>do</strong>s pelo uso pessoal, e de que o Acor<strong>do</strong> ACTA não será usa<strong>do</strong> para impedir<br />
que os medicamentos genéricos cheguem aos países em desenvolvimento, espero que o<br />
<strong>Parlamento</strong> tenha acesso a to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>cumentos e supervisione as negociações, de mo<strong>do</strong><br />
a assegurar o seu cumprimento.<br />
Nuno Melo (PPE), por escrito. − A falta de transparência nas negociações <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong><br />
Comercial de Combate à Contrafacção (ACTA) vai contra o espírito <strong>do</strong> Trata<strong>do</strong> sobre o<br />
Funcionamento da União Europeia. É essencial que o Conselho e a Comissão disponibilizem,<br />
de imediato, toda a <strong>do</strong>cumentação que tem si<strong>do</strong> alvo de negociação. O não cumprimento<br />
desse dever básico por parte da Comissão e <strong>do</strong> Conselho pode levar o <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />
a utilizar mecanismos legais para aceder a esses elementos, o que em nada prestigiaria as<br />
Instituições Europeias envolvidas.<br />
Zuzana Roithová (PPE), por escrito. – (CS) Gostaria de agradecer aos relatores e a to<strong>do</strong>s<br />
os deputa<strong>do</strong>s responsáveis pelo facto de o <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong> ter manifesta<strong>do</strong> claramente<br />
a sua posição firme através de uma maioria expressiva contra a falta de transparência das<br />
negociações de um acor<strong>do</strong> internacional tão importante. Esperamos que o acor<strong>do</strong> abra<br />
uma nova dimensão internacional no combate à contrafacção, mas sem reduzir o direito<br />
à privacidade <strong>do</strong>s cidadãos europeus.<br />
Parece-me igualmente problemático o facto de a China não ter si<strong>do</strong> convidada para as<br />
negociações. No debate de ontem, a Comissão transmitiu-me que também considerava<br />
esse facto um erro estratégico. A ideia de a China, que é a maior fonte de contrafacção <strong>do</strong><br />
mun<strong>do</strong>, vir posteriormente a assinar um acor<strong>do</strong> negocia<strong>do</strong> é irrealista. Espero que hoje o<br />
nosso relatório crítico convença a Comissão a reavaliar a sua abordagem em relação ao<br />
<strong>Parlamento</strong>, que possui poderes de decisão comum em novas áreas, incluin<strong>do</strong> a da política<br />
externa, graças ao Trata<strong>do</strong> de Lisboa.<br />
Raül Romeva i Rueda (Verts/ALE), por escrito. – (EN) Apoiei a resolução RC7-0154/2010<br />
relativa ao Acor<strong>do</strong> Comercial Anticontrafacção, e regozijo-me com o facto de uma grande<br />
maioria <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> o ter feito. O ACTA arrisca-se a tornar-se conheci<strong>do</strong> como o “Acor<strong>do</strong><br />
da Falta de Transparência da Comissão”. Nas negociações ACTA, a Comissão deveria<br />
respeitar os princípios da transparência, os direitos humanos e o direito legal à informação<br />
<strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong>. Em vez disso, a Comissão está a chumbar o teste decisivo de<br />
informar o <strong>Parlamento</strong> ao abrigo <strong>do</strong> Trata<strong>do</strong> de Lisboa. A UE não pode continuar a negociar<br />
o ACTA se as pessoas não puderem participar no processo.<br />
É também totalmente absurda e inaceitável a situação de os deputa<strong>do</strong>s, à porta fechada,<br />
serem obriga<strong>do</strong>s a pedir à Comissão que os informe sobre o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong>s acor<strong>do</strong>s que<br />
devemos votar. Para além disso, o <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong> demonstrou que não aceita o<br />
secretismo e que acalenta o desejo de uma Internet aberta a to<strong>do</strong>s. Os deputa<strong>do</strong>s<br />
demonstraram também que o <strong>Parlamento</strong> não aceitará ser trata<strong>do</strong> como um capacho. A<br />
Comissão foi vivamente instada a manter-nos plena e imediatamente informa<strong>do</strong>s sobre<br />
as negociações ACTA.<br />
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