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Debates do Parlamento Europeu - Europa

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10-03-2010<br />

PT<br />

<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />

Marielle De Sarnez (ALDE), por escrito. – (FR) Ao apoiar a resolução aprovada hoje por<br />

uma grande maioria (536 votos a favor, 80 contra e 33 abstenções), a delegação francesa<br />

<strong>do</strong> MoDem reiterou o seu desejo de que seja efectuada uma avaliação <strong>do</strong> impacto e de que<br />

a Comissão Europeia apresente propostas concretas sobre a criação de impostos sobre as<br />

transacções financeiras. Apelamos à Comissão para que elabore uma proposta que defina<br />

uma posição europeia comum a apresentar em Junho ao G20. Seria igualmente oportuno<br />

avaliar em que medida esse imposto poderia contribuir para a estabilização <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s<br />

financeiros. As questões às quais a Comissão deve dar respostas dizem respeito não só à<br />

utilização deste imposto para apoiar a adaptação <strong>do</strong>s países em desenvolvimento às<br />

alterações climáticas e o financiamento da cooperação para o desenvolvimento, como<br />

também aos mecanismos que a Comissão poderia utilizar para persuadir os seus parceiros<br />

a aplicarem também este imposto, a fim de evitar a migração de capitais. Porém, acima de<br />

tu<strong>do</strong>, é necessário realizar uma avaliação aprofundada <strong>do</strong> impacto, para que este imposto<br />

não venha reduzir a competitividade da União nem o investimento sustentável, nem tenha<br />

repercussões negativas nas PME e nos investi<strong>do</strong>res individuais.<br />

Harlem Désir (S&D), por escrito. – (FR) Em 2000, apresentei com o Intergrupo<br />

Globalização a primeira resolução que apelava à Comissão para que estudasse a viabilidade<br />

de um imposto sobre os fluxos de capitais especulativos. A resolução não foi aprovada,<br />

por poucos votos. Passa<strong>do</strong>s dez anos, o G20, tal como vários Esta<strong>do</strong>s-Membros, já não<br />

exclui a possibilidade desse imposto, e, sobretu<strong>do</strong>, a crise financeira serviu para nos lembrar<br />

<strong>do</strong>s danos que a volatilidade <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s financeiros pode causar.<br />

Congratulo-me, por esse motivo, com a a<strong>do</strong>pção, por uma larga margem, da resolução<br />

sobre os impostos sobre as transacções financeiras. Trata-se de um pequeno passo, mas a<br />

mensagem é clara. O <strong>Parlamento</strong> apela à Comissão para que se debruce finalmente sobre<br />

a questão e trabalhe num projecto de execução. Um imposto deste tipo teria a dupla<br />

vantagem de contribuir para a estabilização <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s e para a geração de receitas<br />

consideráveis destinadas a ajudar os países em desenvolvimento a financiar a sua adaptação<br />

às alterações climáticas e a luta contra a pobreza.<br />

Aqueles que se opõem afirmam que só será eficaz se for global, mas é preciso dar o primeiro<br />

passo, tal como fizeram alguns países relativamente ao imposto sobre os bilhetes de avião.<br />

A política <strong>do</strong> “esperar para ver” não nos levará a la<strong>do</strong> nenhum. Temos de abrir o caminho.<br />

José Manuel Fernandes (PPE), por escrito. − O sector financeiro deve assumir a sua<br />

quota-parte de responsabilidade na crise económica que ainda nos assola. Até ao momento,<br />

foram a economia real, os contribuintes, os consumi<strong>do</strong>res, os serviços públicos e a sociedade<br />

em geral a pagar uma parte substancial <strong>do</strong>s custos e das consequências da crise financeira.<br />

Há vários Esta<strong>do</strong>s-Membros que apelaram à a<strong>do</strong>pção de um imposto sobre as transacções<br />

financeiras.<br />

O contexto político e normativo nesta área é hoje diferente, haven<strong>do</strong> novas iniciativas de<br />

regulamentação, como a luta contra os paraísos fiscais, a remoção de vazios legais nas<br />

contas de gestão, os requisitos aplicáveis às transacções em bolsa e à utilização de<br />

repositórios de transacções para o registo de instrumentos deriva<strong>do</strong>s.<br />

A União Europeia deve a<strong>do</strong>ptar uma posição comum no quadro internacional das reuniões<br />

<strong>do</strong> G20. Para tal, a Comissão deve, antes da próxima Cimeira <strong>do</strong> G20, avaliar o impacto<br />

de um imposto global nas transacções financeiras.<br />

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