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Debates do Parlamento Europeu - Europa

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10-03-2010<br />

PT<br />

<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />

disponibiliza<strong>do</strong> os vários meios comunitários e da PCSD para prevenir o retorno à violência<br />

e para criar estabilidade na Geórgia e na região.<br />

Com a ONU e a OSCE, liderámos as conversações de Genebra, o único fórum em que to<strong>do</strong>s<br />

os envolvi<strong>do</strong>s reúnem. Organizámos uma conferência de <strong>do</strong>a<strong>do</strong>res para a reconstrução e<br />

o apoio económico na Geórgia e incluímos este país, juntamente com a Arménia e o<br />

Azerbaijão, na Política Europeia de Vizinhança. Continuamos a promover as reformas e<br />

o desenvolvimento de laços mais estreitos. Actuamos no <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> comércio e da<br />

liberalização de vistos e apoiamos medidas de reforço da confiança, com vista ao reatamento<br />

<strong>do</strong>s laços com as repúblicas dissidentes.<br />

Há mais trabalho a realizar na Geórgia, e temos uma agenda muito cheia para debater com<br />

a Rússia, como fiz há apenas dez dias com o Ministro Sergey Lavrov. Neste caso,<br />

demonstrámos o que a UE pode fazer quan<strong>do</strong> mobilizamos to<strong>do</strong>s os nossos recursos.<br />

Aqueles que estiveram envolvi<strong>do</strong>s naquelas semanas inacreditavelmente intensas<br />

disseram-me que o que alcançámos neste caso foi excepcional. Portanto, necessitamos de<br />

estruturas mais fortes, de mais flexibilidade e de uma melhor preparação se queremos que<br />

a Geórgia sirva de termo de comparação para as nossas acções futuras.<br />

Permitam-me que passe à política comum de segurança e defesa e que diga que estou de<br />

acor<strong>do</strong> com as linhas gerais <strong>do</strong> relatório Danjean acerca da importância das nossas missões.<br />

Elas salvam vidas, criam o espaço necessário para as políticas funcionais darem frutos e<br />

permitem à <strong>Europa</strong> explorar to<strong>do</strong>s os seus instrumentos de poder para cumprir as suas<br />

responsabilidades.<br />

É espantoso como chegámos longe nos últimos dez anos. Mais de 70 000 homens e<br />

mulheres foram destaca<strong>do</strong>s nesse perío<strong>do</strong>, em mais de 20 missões. Conduzimos a gestão<br />

de crises à maneira europeia, com uma abordagem ampla e em apoio <strong>do</strong> direito<br />

internacional e da conclusão de acor<strong>do</strong>s, em estreita cooperação com os nossos parceiros<br />

fundamentais. Trabalhamos bem em conjunto com a NATO na Bósnia e Herzegovina e<br />

na costa da Somália. No Kosovo e no Afeganistão, isso é mais difícil devi<strong>do</strong> às questões<br />

políticas. É necessário resolver esta situação, pelo que estou a trabalhar com o<br />

Secretário-Geral da NATO com vista a melhorar as relações UE-NATO em <strong>do</strong>mínios<br />

práticos e a estabelecer um clima positivo. Veremos como podemos desenvolver as nossas<br />

relações de forma pragmática. A ONU é outro parceiro fundamental. Existem muitos bons<br />

exemplos de cooperação entre a UE e a ONU no terreno: República Democrática <strong>do</strong> Congo,<br />

Chade e, efectivamente, Kosovo. Recentemente, adquirimos um maior conhecimento<br />

mútuo, mas podemos e devemos reforçar esta parceria centran<strong>do</strong>-nos em <strong>do</strong>mínios como<br />

o planeamento e a partilha de melhores práticas.<br />

No relatório Danjean, e noutras instâncias, questiona-se se não está na altura de a UE ter<br />

o seu próprio centro de operações permanente. Esta é uma questão séria que exige um<br />

debate sério. Ninguém contesta que necessitamos de um quartel-general com capacidade<br />

para planear e conduzir operações militares. A questão é se o actual sistema, que depende<br />

<strong>do</strong> Quartel-General Supremo das Forças Aliadas na <strong>Europa</strong> (SHAPE) ou <strong>do</strong>s quartéis-generais<br />

nacionais, constitui a solução mais eficaz ou se existe uma solução melhor.<br />

Muitas vezes abordamos esta questão em termos de estruturas. Penso que primeiro é<br />

necessário analisar as funções que temos de desempenhar. No meu entender, há três funções<br />

principais que devem determinar as decisões: primeiro, a capacidade de planear e de<br />

conduzir operações militares, incluin<strong>do</strong> o planeamento avança<strong>do</strong>, e de reagir rapidamente,<br />

quan<strong>do</strong> necessário; segun<strong>do</strong>, a capacidade de desenvolver a coordenação civilo-militar de<br />

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