Debates do Parlamento Europeu - Europa
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10-03-2010<br />
PT<br />
Andreas Mölzer (NI), por escrito. – (DE) Para mim, é uma verdade incontornável que o<br />
sector financeiro deve contribuir de forma justa para a recuperação e para o<br />
desenvolvimento da economia, ten<strong>do</strong> em conta, nomeadamente, que uma parte substancial<br />
<strong>do</strong>s custos e das consequências da crise financeira foram pagos pela economia real, pelos<br />
contribuintes, pelos consumi<strong>do</strong>res, pelos serviços públicos e pela sociedade em geral. Um<br />
eventual imposto sobre as transacções financeiras poderá contribuir para a redução <strong>do</strong><br />
volume substancial de capital especulativo que recentemente, e mais uma vez, teve um<br />
impacto negativo na economia real, constituin<strong>do</strong> assim também um passo no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
crescimento sustentável. Todavia, antes de considerarmos a introdução <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> imposto,<br />
temos de ponderar cuida<strong>do</strong>samente os prós e os contras. É precisamente a isso que a<br />
resolução proposta pela Comissão <strong>do</strong>s Assuntos Económicos e Monetários apela, razão<br />
pela qual votei a seu favor. Uma questão fundamental que é referida apenas de passagem<br />
no texto mas que deverá ser claramente definida antes de qualquer decisão é a potencial<br />
utilização <strong>do</strong> capital eventualmente gera<strong>do</strong> pelo imposto. Julgo que o imposto deve ser<br />
cobra<strong>do</strong> no local onde a transacção se realiza e deve igualmente, por outras palavras,<br />
beneficiar os Esta<strong>do</strong>s em cujo território estão localizadas as respectivas bolsas de valores.<br />
O méto<strong>do</strong> exacto de cálculo ainda está por definir. Se a UE insistir em ser ela a cobrar o<br />
imposto, este deverá, de todas as formas, ser deduzi<strong>do</strong> <strong>do</strong> contributo bruto <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong>-Membro em questão. Em nenhuma circunstância deverá dar azo a uma competência<br />
fiscal por parte da UE.<br />
Raül Romeva i Rueda (Verts/ALE), por escrito . – (EN) Votei hoje a favor da proposta<br />
de resolução B7-0133/2010 sobre os impostos sobre as transacções financeiras, e<br />
congratulo-me com o facto de, pela primeira vez, o <strong>Parlamento</strong> ter solicita<strong>do</strong> uma avaliação<br />
da viabilidade e <strong>do</strong> impacto da introdução de um imposto sobre as transacções financeiras<br />
a nível da UE. É um avanço considerável. Agora há que exercer pressão sobre a Comissão<br />
para que proponha medidas concretas. Os cidadãos europeus estão a contar que os custos<br />
da crise financeira sejam suporta<strong>do</strong>s pelos agentes <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s financeiros que a causaram.<br />
Por conseguinte, não nos podemos contentar com uma solução minimalista nos moldes<br />
da proposta norte-americana, que iria gerar alguns milhares de milhões de euros – uma<br />
receita relativamente pequena ten<strong>do</strong> em conta os eleva<strong>do</strong>s custos. A redução da pobreza,<br />
a luta contra as alterações climáticas e a resolução da crise financeira exigem receitas<br />
adicionais de várias centenas de milhares de milhões de euros. Um imposto sobre as<br />
transacções financeiras inteligente aportaria essa receita, restringin<strong>do</strong> ao mesmo tempo a<br />
especulação nos merca<strong>do</strong>s financeiros.<br />
Proposta de resolução B7-0132/2010<br />
<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />
Edite Estrela (S&D), por escrito. − Votei favoravelmente a resolução sobre o Espaço Único<br />
de Pagamentos em Euros (SEPA) que defende a criação de um merca<strong>do</strong> de serviços de<br />
pagamento em euros, integra<strong>do</strong>, sujeito a uma concorrência efectiva e onde não exista<br />
qualquer diferença entre os pagamentos em euros nacionais ou não.<br />
O funcionamento <strong>do</strong> SEPA ainda é deficitário e não corresponde às necessidades reais <strong>do</strong>s<br />
utiliza<strong>do</strong>res. A Comissão Europeia deverá apresentar uma data-limite, adequada e<br />
vinculativa, para a utilização <strong>do</strong>s instrumentos SEPA, após a qual to<strong>do</strong>s os pagamentos<br />
em euros deverão ser efectua<strong>do</strong>s utilizan<strong>do</strong> as normas deste sistema. Igualmente importante<br />
é garantir que a a<strong>do</strong>pção deste sistema não acarrete custos adicionais para o cidadão<br />
europeu.<br />
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