12.05.2013 Views

Debates do Parlamento Europeu - Europa

Debates do Parlamento Europeu - Europa

Debates do Parlamento Europeu - Europa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

14<br />

PT<br />

<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />

institucional ao abrigo <strong>do</strong> Trata<strong>do</strong> de Lisboa, nomeadamente a criação <strong>do</strong> Serviço <strong>Europeu</strong><br />

para a Acção Externa, ameace empurrar a UE de volta precisamente à introspecção e às<br />

querelas que Lisboa deveria ter erradica<strong>do</strong>. Indubitavelmente, a criação <strong>do</strong> SEAE deve ser<br />

objecto de debate e de consenso acerca da distribuição eficaz das responsabilidades, mas<br />

os elementos de política externa da PESC devem permanecer firmemente sob a alçada <strong>do</strong><br />

Conselho.<br />

Mas precisamos também de uma liderança forte, em teoria possibilitada pelo Trata<strong>do</strong> de<br />

Lisboa, a fim de forjar uma visão dura<strong>do</strong>ura para a diplomacia da <strong>Europa</strong> no mun<strong>do</strong>.<br />

Contamos consigo, Senhora Alta Representante, para tomar a iniciativa e para afirmar a<br />

autoridade e a liderança que lhe foram atribuídas pelo Trata<strong>do</strong>, para congregar esforços,<br />

se necessário, e para definir o caminho a seguir. Apoiá-la-emos nos seus esforços se<br />

demonstrar estar à altura <strong>do</strong> difícil desafio.<br />

A UE dispôs de muitos anos para equacionar este serviço, pelo que este embaraço e esta<br />

hesitação a que assistimos não credibilizam as ambições da UE de desempenhar um papel<br />

global na política externa por meio da PESC.<br />

Existem considerações mais gerais. O relatório Albertini, que apoio firmemente, estabelece<br />

as prioridades da política externa da União e apoia, a justo título, as aspirações de adesão<br />

à UE <strong>do</strong>s países <strong>do</strong>s Balcãs Ocidentais, particularmente da Croácia, da Macedónia e <strong>do</strong><br />

Montenegro, matéria de que sou relator.<br />

Mas o relatório também menciona a aliança transatlântica e a NATO, que consideramos<br />

as pedras angulares da política externa e de segurança da UE. O relatório salienta, com<br />

muita justeza, a responsabilidade da UE na resolução de conflitos congela<strong>do</strong>s,<br />

particularmente na Transnístria e em Nagorno-Karabakh, na nossa vizinhança imediata,<br />

e na manutenção de boas relações com a Ucrânia.<br />

Finalmente, Taiwan é também mencionada como um importante parceiro para a UE que<br />

deve poder participar de forma activa e plena nas organizações internacionais, em<br />

conformidade com a política da UE e com a política de "uma só China".<br />

Willy Meyer, em nome <strong>do</strong> Grupo GUE/NGL. – (ES) Senhor Presidente, Senhora Baronesa<br />

Ashton, o senhor deputa<strong>do</strong> Albertini já conhece as razões por que o meu grupo apresentou<br />

um parecer minoritário a respeito <strong>do</strong> relatório sobre a Política Externa de Segurança e<br />

Defesa. Fazemo-lo, fundamentalmente, Senhora Baronesa Ashton, porque chegámos a<br />

uma conclusão. Nos países que nos rodeiam, na União Europeia, as políticas de segurança<br />

e de defesa nada têm que ver actualmente com a defesa <strong>do</strong> território: a política de segurança<br />

é agora uma projecção da política externa.<br />

Acreditamos que o principal objectivo da política externa deve ser alcançar o desarmamento<br />

a nível internacional: armamento zero, por meio de políticas pragmáticas que permitam<br />

dar resposta às causas actuais da insegurança no mun<strong>do</strong>.<br />

As principais armas de destruição maciça no mun<strong>do</strong> de hoje são a fome e a pobreza. Estas<br />

armas não se podem combater com a utilização da força militar. Consequentemente,<br />

acreditamos, com base nesta consideração, que devemos apostar num sistema de segurança<br />

transitório que possibilite a desmilitarização gradual de toda a segurança no mun<strong>do</strong>.<br />

Evidentemente, não concordamos com a vinculação da União Europeia à NATO, entre<br />

outras coisas, porque a estratégia da NATO tem si<strong>do</strong> a opção pela resposta militar às<br />

inseguranças como a criminalidade organizada e o terrorismo, que nunca foram matérias<br />

de resposta militar.<br />

10-03-2010

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!