Debates do Parlamento Europeu - Europa
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PT<br />
<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />
com o falso dilema de ter de escolher entre a União Europeia e o Kosovo, opte pela União<br />
Europeia, isto é, que não se isole. Talvez seja bom lembrar aos nossos amigos sérvios um<br />
facto importante: que a Sérvia e o Kosovo voltarão a estar juntos assim que ambos se<br />
tornarem membros da União Europeia.<br />
Michael Gahler (PPE). – (DE) Senhor Presidente, Senhora Vice-Presidente, hoje está<br />
sentada no outro la<strong>do</strong>. Não tenho qualquer objecção se alternar de lugar to<strong>do</strong>s os meses.<br />
Agora que o debate se aproxima <strong>do</strong> fim, várias conclusões principais tornaram-se evidentes.<br />
Queremos que chefie o Serviço <strong>Europeu</strong> para a Acção Externa envergan<strong>do</strong> – como um<br />
colega disse anteriormente – os <strong>do</strong>is "chapéus" em simultâneo. Porém, estes <strong>do</strong>is chapéus<br />
devem constituir a única duplicação; a duplicação de estruturas é algo de que não<br />
precisamos. A preservação <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> comunitário deve ser assegurada, e não apenas em<br />
relação ao orçamento e à supervisão <strong>do</strong> PE. Para ser muito claro, o novo serviço não pode<br />
ser um brinque<strong>do</strong> exclusivo <strong>do</strong>s Ministros <strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros, que se sentem<br />
ofendi<strong>do</strong>s por deixarem de participar no Conselho <strong>Europeu</strong>. O mesmo se aplica à nomeação<br />
<strong>do</strong>s funcionários e ao preenchimento de cargos importantes nas estruturas <strong>do</strong> serviço.<br />
No que se refere ao relatório Danjean, quero manifestar o meu pleno apoio à linha seguida<br />
pelo relator. Em relação ao centro de operações permanente, à semelhança <strong>do</strong> senhor<br />
deputa<strong>do</strong> Van Orden, constatei que a senhora Baronesa Ashton mu<strong>do</strong>u de posição nesta<br />
matéria desde a sua audição e devo dizer que, no meu entender, fê-lo na direcção certa.<br />
Passou da rejeição a uma fase de teste. Continuo a acreditar que, para realizarmos o<br />
planeamento de missões civis e militares de forma plenamente integrada no quadro <strong>do</strong><br />
Serviço <strong>Europeu</strong> para a Acção externa, é pertinente que o serviço seja geri<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong><br />
seu próprio quartel-general operacional.<br />
Relativamente à proposta <strong>do</strong> Grupo <strong>do</strong>s Verdes/Aliança Livre Europeia de estabelecer uma<br />
direcção-geral para a consolidação da paz, diria que, ao contrário <strong>do</strong>s colegas que ocupam<br />
a ala mais à esquerda desta Assembleia, acredito que to<strong>do</strong> o projecto europeu, e<br />
especificamente também a nossa política externa, constitui um projecto de consolidação<br />
da paz único. Nesta base, não sei até que ponto é aconselhável restringir a consolidação<br />
da paz a um único departamento.<br />
María Muñiz De Urquiza (S&D). – (ES) Senhor Presidente, consideramos que as novas<br />
instituições necessitam de algum tempo para se estabelecerem, mas também acreditamos<br />
que não devemos descurar as questões essenciais. O importante não é, como pedem alguns,<br />
uma presença ubíqua da Alta Representante em todas as matérias da política externa<br />
europeia. O importante é que a União Europeia esteja presente no palco internacional com<br />
capacidade de fazer ouvir a sua voz em defesa das suas posições. É isto que dizem os<br />
relatórios que hoje estamos a debater.<br />
Em consequência, advogamos uma política ampla da União Europeia para as relações de<br />
cooperação com to<strong>do</strong>s os países em que temos interesses, especialmente em matéria de<br />
direitos humanos, da Bielorrússia a Cuba. Devemos estabelecer esta política em relação a<br />
to<strong>do</strong>s os países em que temos interesses em matéria de direitos humanos, de segurança e<br />
de desafios globais, porque a União Europeia pode fazer a diferença, como ficou<br />
comprova<strong>do</strong> com a posição conjunta da maioria <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s-Membros alcançada sob a<br />
Presidência espanhola no Conselho de Direitos Humanos de Genebra, e que deve ser<br />
alcançada em relação ao Médio Oriente e a Cuba. Este é um passo em frente, pró-activo e<br />
reforma<strong>do</strong>r, da acção externa da União Europeia. Queremos um Serviço <strong>Europeu</strong> para a<br />
10-03-2010