Debates do Parlamento Europeu - Europa
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10-03-2010<br />
PT<br />
<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />
Precisamos igualmente de pedir que estas pessoas sejam libertadas imediatamente, no caso<br />
de Cuba, e, acima de tu<strong>do</strong>, relembrar a situação delicada – como já foi referi<strong>do</strong> – de algumas<br />
das pessoas que, seguin<strong>do</strong> o exemplo de Orlan<strong>do</strong> Zapata, iniciaram uma greve de fome,<br />
sobretu<strong>do</strong> o caso de Guillermo Fariñas.<br />
Contu<strong>do</strong>, gostaria igualmente de alertar para o risco de usar e explorar politicamente este<br />
caso para outras questões que, como o senhor deputa<strong>do</strong> Yáñez-Barnuevo afirmou, podem<br />
ser perigosas. Creio que é importante lembrar que há muitos processos em curso que são<br />
úteis, que estamos a trabalhar, e que não devemos, em nenhuma circunstância, ser tenta<strong>do</strong>s<br />
– como alguns parecem querer – a regressar a acontecimentos passa<strong>do</strong>s, a épocas passadas;<br />
a regressar ao fracasso político <strong>do</strong> embargo, porque conhecemos as consequências disso.<br />
Assim, se concordamos em que não queremos que situações como a de Orlan<strong>do</strong> Zapata<br />
se repitam, creio que é importante sabermos de que forma podemos avançar em conjunto<br />
para o impedir, começan<strong>do</strong> por propiciar o processo de democratização e normalização<br />
da ilha.<br />
Edvard Kožušník, em nome <strong>do</strong> Grupo ECR. – (CS) Pessoalmente, fiquei muito perturba<strong>do</strong><br />
com a morte de Orlan<strong>do</strong> Zapata, e gostaria por isso de, em nome <strong>do</strong> grupo ECR, expressar<br />
con<strong>do</strong>lências a toda a sua família. Eu próprio nasci em 1971, no auge da chamada<br />
normalização comunista no meu país, que foi um <strong>do</strong>s perío<strong>do</strong>s mais duros de terror<br />
comunista que o meu país atravessou. A experiência que o meu país teve com a ideologia<br />
criminosa <strong>do</strong> comunismo é o motivo da grande solidariedade <strong>do</strong>s cidadãos checos com o<br />
povo cubano, e somos, por isso, muito sensíveis às tristes notícias divulgadas recentemente<br />
por Cuba.<br />
Da<strong>do</strong> que o regime totalitário de Cuba continua a defender o lema “socialismo ou morte”,<br />
quarenta anos decorri<strong>do</strong>s sobre a revolução cubana, não merece tolerância de espécie<br />
alguma. Acredito que a morte de Orlan<strong>do</strong> Zapata não foi em vão e que instigará o povo<br />
cubano a resistir em massa contra o regime comunista. Quan<strong>do</strong> Pavel Wonka morreu<br />
numa prisão comunista, como a última vítima <strong>do</strong> terror comunista no meu próprio país,<br />
o regime caiu no perío<strong>do</strong> de um ano e meio. Espero que Orlan<strong>do</strong> Zapata seja o Pavel Wonka<br />
cubano, por outras palavras, a última vítima <strong>do</strong> despotismo comunista. Talvez em breve<br />
Cuba se liberte <strong>do</strong> jugo da velha guarda revolucionária e se torne uma verdadeira ilha de<br />
liberdade.<br />
Assim, apelo a vós. Até que ocorram progressos fundamentais e irreversíveis no que respeita<br />
à libertação <strong>do</strong>s prisioneiros políticos, progressos que conduzam ao funcionamento<br />
democrático da sociedade cubana e à realização de eleições livres, bem como ao início <strong>do</strong><br />
processo de reformas estruturais que conduzam, entre outros aspectos, a um melhor nível<br />
de vida para to<strong>do</strong>s os cidadãos cubanos, é impossível considerar a abertura de conversações<br />
sobre a reavaliação da posição comum da UE.<br />
Willy Meyer, em nome <strong>do</strong> Grupo GUE/NGL. – (ES) Senhora Presidente, o meu grupo<br />
lamenta profundamente a morte <strong>do</strong> prisioneiro Orlan<strong>do</strong> Zapata. Como acontece com<br />
qualquer prisioneiro, o Esta<strong>do</strong> era responsável pela sua segurança e pela sua vida. Neste<br />
caso, é Cuba que é responsável e, consequentemente, lamentamos profundamente a sua<br />
morte.<br />
Não concordamos com a forma como esta Assembleia manipula a questão <strong>do</strong>s direitos<br />
humanos. Hoje, estamos a debater esta questão e amanhã procederemos à sua votação.<br />
Não o fizemos no que respeita ao golpe militar nas Honduras. Esta Assembleia pode ser o<br />
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