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Debates do Parlamento Europeu - Europa

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10-03-2010<br />

PT<br />

cidadãos é pura estupidez. Por isso, deve ser nossa obrigação acompanhar atentamente a<br />

forma como a nova regulamentação relativa às instituições financeiras está a ser aplicada.<br />

Proposta de resolução RC-B7-0154/2010<br />

<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />

Jarosław Kalinowski (PPE). – (PL) Votei a favor da aprovação da resolução porque,<br />

enquanto representante <strong>do</strong> meu eleitora<strong>do</strong>, não posso aceitar que sejam celebra<strong>do</strong>s acor<strong>do</strong>s<br />

sem o seu consentimento e contra a sua vontade. O Trata<strong>do</strong> de Lisboa atribuiu novas<br />

competências ao <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong>, motivo por que este deve ser capaz de proteger os<br />

direitos <strong>do</strong>s cidadãos.<br />

Concor<strong>do</strong> com os autores da resolução, que criticam a forma como as negociações da<br />

Comissão sobre o Acor<strong>do</strong> Comercial Anticontrafacção estão a ser mantidas em segre<strong>do</strong>,<br />

assim como a ausência de cooperação com o <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong> nesta matéria. Esta acção<br />

é contrária à legislação da UE em vigor relativa ao acesso universal à informação sobre as<br />

actividades das autoridades públicas e, além disso, restringe o direito à privacidade. É<br />

positivo, por conseguinte, que o <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong> se tenha debruça<strong>do</strong> sobre a<br />

transparência das negociações da Comissão Europeia, assim como sobre a contrafacção e<br />

a sua prevenção.<br />

Marian Harkin (ALDE). – (EN) Senhor Presidente, no que se refere ao Acor<strong>do</strong> Comercial<br />

Anticontrafacção (ACTA), as negociações em curso enfermam de uma total falta de<br />

transparência. A utilização <strong>do</strong> corrente modelo negocial para produzir um acor<strong>do</strong> mundial<br />

é totalmente contrária aos processos transparentes e democráticos que devemos esperar<br />

<strong>do</strong>s nossos legisla<strong>do</strong>res. Independentemente <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> acor<strong>do</strong>, é inaceitável que o<br />

escrutínio público seja evita<strong>do</strong> durante a preparação de políticas que irão afectar<br />

directamente um tão grande número de cidadãos europeus.<br />

No que respeita ao conteú<strong>do</strong>, é necessário prestar toda a atenção à Autoridade Europeia<br />

para a Protecção de Da<strong>do</strong>s, que emitiu um parecer muito duro sobre estas negociações. A<br />

AEPD encoraja vivamente a Comissão Europeia a estabelecer um diálogo público e<br />

transparente sobre o ACTA. Além disso, afirma que, embora a propriedade intelectual seja<br />

importante para a sociedade e deva ser protegida, não deve ser colocada acima <strong>do</strong>s direitos<br />

fundamentais <strong>do</strong>s indivíduos à privacidade, à protecção <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s pessoais e a outros<br />

direitos como a presunção de inocência, a tutela jurisdicional efectiva e a liberdade de<br />

expressão. Por último, afirma que uma política de interrupção da ligação à Internet em três<br />

etapas restringiria seriamente os direitos e as liberdades fundamentais <strong>do</strong>s cidadãos da UE.<br />

Esta é uma questão muito importante para to<strong>do</strong>s os cidadãos da UE e a forma como for<br />

tratada pela Comissão e pelo <strong>Parlamento</strong> será muito revela<strong>do</strong>ra no que se refere à<br />

responsabilidade e à transparência.<br />

Syed Kamall (ECR). – (EN) Senhor Presidente, um <strong>do</strong>s aspectos importantes desta<br />

proposta de resolução foi termos consegui<strong>do</strong> formar uma aliança entre to<strong>do</strong>s os membros<br />

da Assembleia.<br />

Um facto que gerou consenso foi que, na ausência de qualquer informação válida sobre<br />

estas negociações, o que era veicula<strong>do</strong> na blogosfera e noutros suportes eram rumores que<br />

indiciavam propostas como a confiscação de computa<strong>do</strong>res portáteis e de leitores de MP3<br />

nas fronteiras. Ficou claro nesta Assembleia que queríamos informações e mais<br />

transparência no que respeita às negociações <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> Comercial Anticontrafacção.<br />

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