Debates do Parlamento Europeu - Europa
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PT<br />
<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />
O Governo terá simplesmente de entrar em diálogo com as pessoas que defendem opiniões<br />
discordantes. O diálogo político é o único instrumento que permite avançar. É isso que<br />
Cuba deve aos seus cidadãos, porque o povo cubano merece a democracia e o respeito<br />
pelas suas liberdades fundamentais. Não se pode permitir que a morte de Zapata entre na<br />
história como sen<strong>do</strong> insignificante; tem de marcar o fim da actual situação no que respeita<br />
aos direitos humanos em Cuba.<br />
A União Europeia tem de fazer tu<strong>do</strong> o que estiver ao seu alcance para ajudar a melhorar a<br />
situação <strong>do</strong>s direitos humanos em Cuba. Não se trata apenas de uma questão que respeita<br />
a prisioneiros políticos como Zapata; trata-se igualmente de permitir aos defensores <strong>do</strong>s<br />
direitos humanos desenvolverem livremente o seu trabalho. O Governo cubano tem de<br />
cuidar <strong>do</strong> povo cubano. Não pode simplesmente deter pessoas ou tratá-las como criminosas,<br />
por me<strong>do</strong>. Privar os cidadãos da sua liberdade é um crime.<br />
Izaskun Bilbao Barandica (ALDE). – (ES) Senhora Presidente, defender os direitos<br />
humanos significa condenar a morte evitável, cruel e injusta de Orlan<strong>do</strong> Zapata e apelar<br />
para que aqueles que ainda estão na prisão sejam liberta<strong>do</strong>s. Espero que isto faça pensar<br />
as autoridades cubanas, da<strong>do</strong> que o seu regime precisa de fazer progressos para que os seus<br />
cidadãos possam gozar de verdadeira democracia.<br />
Em Cuba, existe uma ditadura porque existem prisioneiros de consciência, porque há me<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> debate, da livre troca de ideias e planos, porque há me<strong>do</strong> da liberdade. Não é um crime<br />
ter ideias; podem provocar, surpreender e chocar, mas têm sempre de ser discutidas e<br />
debatidas. Nunca exigem prisão.<br />
As sociedades pensam e sentem, e o mesmo acontece com os prisioneiros, e é impossível<br />
proibir as pessoas de pensarem e de sentirem. Isto significa que as ideias e os sentimentos<br />
que as pessoas querem reprimir acabam por se infiltrar na consciência de toda a sociedade,<br />
como água. Isto aplica-se igualmente à sociedade cubana e os protagonistas da revolução<br />
que pôs fim ao regime de Fulgencio Batista devem saber isto melhor <strong>do</strong> que ninguém.<br />
Espero que esta resolução os ajude a fazer a transição que precisam de fazer! Contu<strong>do</strong>, os<br />
direitos humanos não são negociáveis. O <strong>Parlamento</strong> ganha credibilidade quan<strong>do</strong> reage<br />
com a mesma intensidade a todas as violações <strong>do</strong>s direitos humanos em to<strong>do</strong>s os países:<br />
no Afeganistão, na Palestina, no País Basco – o meu pequeno país – nas Honduras e na<br />
Colômbia. Deve ser este o nosso compromisso. É, evidentemente, o mesmo compromisso.<br />
Tomasz Piotr Poręba (ECR). – (PL) Creio que to<strong>do</strong>s nesta Assembleia concordaremos<br />
que a ditadura comunista corrupta está a tornar impossível qualquer tipo de mudança<br />
positiva em Cuba. O Esta<strong>do</strong> policial <strong>do</strong>s irmãos Castro está a destruir a ilha economicamente,<br />
a destruir a liberdade civil e a privar muitos cubanos da esperança de uma vida que vale a<br />
pena ser vivida.<br />
O futuro de Cuba está, evidentemente, nas mãos <strong>do</strong>s próprios cubanos, mas a União<br />
Europeia pode desempenhar um papel activo neste caso. Temos de exigir a libertação de<br />
to<strong>do</strong>s os prisioneiros políticos. Efectivamente, esta deve ser a primeira condição de qualquer<br />
tipo de diálogo com Cuba. Temos de apoiar a actividade de organizações não<br />
governamentais, apoiar o respeito pelos direitos humanos e promover o acesso a meios<br />
de comunicação independentes, incluin<strong>do</strong> a Internet.<br />
A promoção da mudança democrática é um <strong>do</strong>mínio em que os laços transatlânticos<br />
podem desempenhar um papel muito importante. É por isso que devemos cooperar<br />
estreitamente com Washington. Ao aliar esforços, podemos desenvolver uma estratégia<br />
10-03-2010