Debates do Parlamento Europeu - Europa
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10-03-2010<br />
PT<br />
<strong>Debates</strong> <strong>do</strong> <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong><br />
Quererá o Conselho estudar este projecto, para apurar que ensinamentos podem ser<br />
retira<strong>do</strong>s?<br />
Andreas Mölzer (NI). – (DE) O senhor Ministro López Garri<strong>do</strong> fez uma breve referência<br />
ao facto de, como é óbvio, a violência <strong>do</strong>méstica ser dirigida não apenas contra as mulheres<br />
mas também contra as crianças, mas a violência <strong>do</strong>méstica é também um problema no<br />
âmbito <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s aos i<strong>do</strong>sos, em consequência da procura excessiva. Em que medida<br />
to<strong>do</strong>s estas facetas da violência <strong>do</strong>méstica serão tidas em conta pelo projecta<strong>do</strong> Observatório<br />
<strong>Europeu</strong> da Violência Doméstica?<br />
Diego López Garri<strong>do</strong>, Presidente em exercício <strong>do</strong> Conselho. – (ES) Senhora Presidente,<br />
Senhor Deputa<strong>do</strong> Martin, é claro que a filosofia que subjaz a esta iniciativa – que é apoiada<br />
pelo <strong>Parlamento</strong> <strong>Europeu</strong> no que respeita ao regulamento, neste caso por vias legais, pelas<br />
vias mais eficazes, as vias judiciais de um Esta<strong>do</strong> democrático – é aquilo a que correctamente<br />
se chamou “tolerância zero” relativamente à violência de género. Tem a ver com uma visão<br />
da violência de género como algo que está entranha<strong>do</strong> há séculos e muito profundamente,<br />
incluin<strong>do</strong> a nível cultural, nas estruturas das nossas sociedades.<br />
Por conseguinte, só uma abordagem global e ambiciosa ao combate à violência de género<br />
pode ser eficaz, porque se trata de uma forma de violência muito difícil de erradicar,<br />
extremamente difícil de erradicar. É por isso que, apesar <strong>do</strong>s progressos feitos na luta contra<br />
este tipo de violência a nível nacional, continuamos a enfrentar sistematicamente este<br />
flagelo, que, muitas vezes, é apenas a ponta <strong>do</strong> iceberg, pois só uma pequena percentagem<br />
da violência realmente existente é denunciada, e por isso ela continua a existir.<br />
Precisamos, pois, de uma abordagem global e ambiciosa, que recorra a to<strong>do</strong>s os<br />
instrumentos legais ao nosso dispor, que sensibilize através <strong>do</strong>s meios de comunicação e<br />
que assegure que os sistemas educativos têm em conta o problema. Na segunda-feira<br />
passada, o Conselho de Ministros “Emprego, Política Social, Saúde e Consumi<strong>do</strong>res” (EPSCO)<br />
a<strong>do</strong>ptou esta abordagem global e ambiciosa, ou seja, a “tolerância zero”.<br />
Quanto à pergunta <strong>do</strong> senhor deputa<strong>do</strong> sobre a violência contra as crianças e os i<strong>do</strong>sos,<br />
penso que se trata de violência contra os vulneráveis, os mais vulneráveis. Tal como na<br />
expressão “sobrevivência <strong>do</strong>s mais fortes”, que existe em vários países da UE, no meu país<br />
ela manifesta-se através da violência que está associada à vulnerabilidade <strong>do</strong> mais fraco e<br />
que demonstra e exprime a cobardia <strong>do</strong>s que exercem violência sobre os mais vulneráveis,<br />
sejam as mulheres, as crianças ou os i<strong>do</strong>sos. É este o fenómeno que se manifesta nesta<br />
situação.<br />
De facto, o Conselho e o <strong>Parlamento</strong> convidaram a Comissão a ponderar a iniciativa de<br />
um ano europeu de combate à violência contra as crianças, os jovens e as mulheres. Esta<br />
proposta está incluída no Programa Daphne III. Trata-se, Senhor Deputa<strong>do</strong>, de uma forma<br />
de exprimir a necessidade de estender a protecção a todas as pessoas vulneráveis, incluin<strong>do</strong>,<br />
naturalmente, as crianças e os i<strong>do</strong>sos, os <strong>do</strong>is grupos que referiu.<br />
Presidente. – Pergunta n.º 3 <strong>do</strong> deputa<strong>do</strong> Bernd Posselt (H-0054/10)<br />
Assunto: Estratégia europeia para a região <strong>do</strong> Danúbio<br />
Que medidas tenciona o Conselho a<strong>do</strong>ptar, a fim de poder apresentar ainda no corrente<br />
ano, conforme previsto, o projecto de estratégia para a região <strong>do</strong> Danúbio? Qual é o<br />
calendário e quais são as prioridades temáticas?<br />
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