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Andrea Oliveira Batista DESEMPENHO ORTOGRÁFICO DE ...

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6 DISCUSSÃO<br />

A elaboração do Pró-Ortografia – Protocolo de Avaliação da Ortografia<br />

atendeu seu objetivo, que era o de avaliar o conhecimento e o uso das convenções<br />

ortográficas estabelecidas no português do Brasil, pois os resultados encontrados<br />

demonstram que houve um número alto de correlações entre a maioria das provas<br />

da versão coletiva e individual aplicadas, indicando que não houve resultados<br />

contraditórios entre estas. As correlações verificadas entre as provas foram em sua<br />

maioria moderada e forte. No momento em que os escolares descobrem o princípio<br />

alfabético, compreendendo que as letras do alfabeto representam os fonemas da<br />

língua, estes colocam-se em posição de “escritor constituído”, independente de<br />

serem iniciantes ou proficientes, e desta maneira qualquer prática de escrita, seja<br />

espontânea ou sob ditado, escrevendo palavras, textos ou letras, em situação formal<br />

acadêmica ou mesmo em uma brincadeira entre crianças, pode promover<br />

mutuamente a apropriação da ortografia (ZORZI, 1998; CAGLIARI, 1989, 2002;<br />

SCLIAR-CABRAL, 2003a, 2003b; MORAIS, 1998, 2009).<br />

Com relação a primeira hipótese levantada para este estudo, quanto ao<br />

número superior de acertos nas provas para os escolares do ensino particular em<br />

comparação aos escolares de ensino público, os resultados mostraram que, de uma<br />

forma geral, estes apresentam o desempenho ortográfico semelhante e próximo em<br />

todas as provas, com vantagem evidente para a escola particular somente na prova<br />

de ditado de palavras. Estes resultados contrariam os poucos estudos nacionais que<br />

indicam superioridade de desempenho para escolares de ensino particular<br />

(MORAIS, 1998; QUEIROGA; LINS; PEREIRA, 2006). Além disso, estes dados<br />

mostraram que o desempenho dos escolares das duas escolas foram muito<br />

inferiores para a prova de erro proposital (EP), com relação ao número de estímulos<br />

aplicados e em relação às demais provas aplicadas neste estudo, que pode ser<br />

indicativo de pouco conhecimento acerca das regras contextuais ortográficas do<br />

português do Brasil, de todos os participantes, nos anos iniciais da alfabetização<br />

com poucas chances de problematizar a grafia e, por outro lado, os escolares dos<br />

anos mais adiantados não cometem erros intencionais no que eles julgam ser o<br />

óbvio (MEIRELES; CORREA, 2006), ou então falta o ensino sistematizado para que<br />

eles possam refletir nestas situações (MORAIS, 1998). Diante desta discussão,<br />

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