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Andrea Oliveira Batista DESEMPENHO ORTOGRÁFICO DE ...

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identificando cada palavra como forma ortográfica que tem significado, fazendo a<br />

atribuição de uma pronúncia, ou seja, um componente fonológico.<br />

A aprendizagem da escrita representa a última e mais complexa habilidade<br />

adquirida do desenvolvimento, tornando-se também mais vulnerável a danos e<br />

influências genéticas adversas, por estar envolvida com múltiplos mecanismos<br />

cerebrais, requerendo integração simultânea e sequencial de funções como a<br />

atenção, memória, habilidade motora, linguagem e cognição para o seu<br />

estabelecimento, havendo, portanto, uma acomodação dos processos funcionais e<br />

organizacionais em sua aquisição (LI et al., 2007).<br />

Ao aprender a ler a criança aprende a associar uma forma ortográfica à sua<br />

forma fonológica, mediante a utilização do sistema gerativo para converter ortografia<br />

em fonologia, possibilitando a leitura de qualquer palavra regular que envolva a<br />

correspondência grafofonêmica (SILVA; FUSCO; CUNHA, 2010). É a característica<br />

gerativa das ortografias alfabéticas que favorece aos leitores aprenderem por si<br />

mesmos, uma vez que ao se depararem com palavras novas, eles podem aplicar as<br />

regras de decodificação fonológica, contribuindo para a formação da representação<br />

ortográfica da nova palavra, em seu léxico mental ortográfico (VUKOVIC; SIEGEL,<br />

2006; CAPELLINI et al., 2007a). Por este motivo as teorias de aquisição e<br />

processamento da escrita estão relacionadas fortemente às da leitura, pois sendo<br />

processos interdependentes, para escrever é preciso ler.<br />

As fases de desenvolvimento da escrita, que estão indelevelmente atreladas<br />

às do desenvolvimento da leitura, foram estudadas por vários pesquisadores. Neste<br />

estudo faremos a descrição destas, sob a ótica da teoria postulada por Frith (1985),<br />

por ser a pioneira na criação de um vínculo entre o desenvolvimento da leitura e o<br />

da escrita. Esta autora teorizou que cada fase abrange o uso de uma estratégia<br />

singular, obedecendo a uma hierarquia sequencial exata, em que cada uma delas<br />

favorece a aquisição posterior.<br />

Na Figura 2, é apresentada a representação gráfica destas três fases, a partir<br />

de um esquema de Frith (1985), com adaptação feita por Rueda (1995, p. 44), em<br />

que se pode verificar a existência de duas etapas para cada fase (a e b) e, três<br />

níveis para cada etapa (1a e 1b; 2a e 2b; 3a e 3b). A Figura 2 mostra que as<br />

estratégias logográfica e ortográfica são dominantes na leitura, enquanto há o<br />

predomínio da estratégia alfabética para a escrita.<br />

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