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Andrea Oliveira Batista DESEMPENHO ORTOGRÁFICO DE ...

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neurológica, sendo as lesões localizadas em áreas de linguagem e sinais menores,<br />

como tremores ou falhas de orientação espacial e equilíbrio; as cognitivas,<br />

estabelecendo um baixo nível intelectual com fracasso escolar em três anos<br />

consecutivos, déficit de atenção e problemas com a memória de trabalho e memória<br />

de longo prazo; e estados emocionais e motivacionais irregulares.<br />

Quanto às deficiências sensoriais tratadas como causa da disortografia por<br />

Baeza e Beuchat (1999), cabe esclarecer que, na concepção de Mello e Sant’ Anna<br />

(2009) a sensação diz respeito à detecção de estímulos sensoriais pelos órgãos do<br />

sentido, sendo estes estímulos capazes de ativar respostas internas, pois as<br />

informações externas, captadas pela audição e visão, são interpretadas, tratadas e<br />

armazenadas no nível central, organizando o comportamento consciente. Em relação<br />

ao sistema visual, os estímulos são detectados na retina, região periférica da visão, e<br />

enviados para o córtex occipital, onde são processados. Semelhantemente acontece<br />

com o sistema auditivo, em que a detecção das informações ocorre nas células<br />

ciliadas do órgão de Corti, na cóclea, região periférica da audição, e são dirigidas<br />

para o córtex temporal para seu processamento. Com estas colocações podemos<br />

inferir que se há um escolar com uma deficiência auditiva ou visual, certamente na<br />

aprendizagem da ortografia ele enfrentará obstáculos que outro escolar sem esta<br />

condição enfrentaria.<br />

O mesmo raciocínio serve para as lesões em áreas da linguagem, pois<br />

conforme Capellini, Germano e Cunha (2009) numa perspectiva neurológica e<br />

neuropsicológica, a integridade estrutural e, sobretudo, funcional, de zonas ou áreas<br />

cerebrais envolvidas com a linguagem, são fundamentais para a evolução do<br />

aprendizado da linguagem falada e da linguagem escrita. Além disso, Muñoz e<br />

colaboradores (2005), afirmam que os transtornos da escrita decorrem de problemas<br />

de maturação, de falta de domínio do esquema corporal e problemas de lateralidade,<br />

dando sustentação à proposição de Baeza e Beuchat (1999), quanto aos sinais<br />

menores neurológicos.<br />

Com a hipótese de um baixo nível intelectual apontada por Baeza e Beuchat<br />

(1999) como causa de erros ortográficos, poderíamos refletir sobre o que escrevem<br />

Pfanner e Marcheschi (2008) acerca do retardo mental e concluir que neste caso<br />

subjazem danos muito mais expressivos para o desempenho acadêmico geral do<br />

sujeito, do que apenas a ocorrência dos erros ortográficos. Para estes autores o<br />

retardo mental é uma síndrome complexa que compromete de modo duradouro e<br />

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