Andrea Oliveira Batista DESEMPENHO ORTOGRÁFICO DE ...
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objetivo foi o de relacionar o processo cognitivo da memória visual ao desempenho<br />
ortográfico da escrita de crianças da 2ª e 3ª séries do ensino fundamental. As 61<br />
crianças, alfabetizadas, participantes foram avaliadas em sala de aula meio de<br />
ditado oral de palavras, leitura silenciosa de palavras e reprodução escrita destas<br />
(chamado de ditado visual) e por último, cópia de uma figura (Figura Complexa de<br />
Rey). Os resultados apontaram que os escolares obtiveram desempenho superior no<br />
ditado visual em comparação ao ditado de palavras. Ainda mostraram que os<br />
escolares que cometem mais erros ortográficos nos dois ditados apresentam<br />
também pior desempenho prova da Figura Complexa de Rey. Assim as<br />
pesquisadoras concluíram que a memória visual é um fator importante no<br />
desenvolvimento ortográfico.<br />
Ainda em 2010, Affonso e colaboradores realizaram um estudo cujo objetivo<br />
foi o de avaliar o padrão de resposta de 15 alunos com dislexia, pareados por idade<br />
e por nível de leitura a dois grupos controles, no Teste de Nomeação de Figura por<br />
Escrita (TNF1.1-Escrita), por meio da análise dos tipos erros ortográficos cometidos<br />
baseada na classificação proposta por Cervera-Mérida e Ygual-Fernández (2006),<br />
pois como as autoras apontam, esta análise é mais importante que do número de<br />
acertos, para a compreensão dos processos linguísticos subjacentes às dificuldades<br />
em indivíduos disléxicos. Os resultados mostraram que os tipos de erros mais<br />
comuns entre todos os participantes foram dois tipos de ortografia natural:<br />
correspondência unívoca fonema-grafema e omissão de segmentos e um tipo de<br />
ortografia arbitrária: correspondência fonema-grafema independente de regras,<br />
sendo que os disléxicos tiveram maior frequência de ocorrência destes erros do que<br />
os grupos controle.<br />
Atualmente é crescente o número de escolares que apresentam dificuldades<br />
na aprendizagem da notação convencional. Portanto, torna-se relevante numa<br />
perspectiva educacional e clínica a investigação dos problemas na aquisição<br />
ortográfica. Por isto, se justifica a elaboração de um procedimento, que verifique o<br />
perfil ortográfico dos escolares de 2º ao 5º ano, considerando as habilidades<br />
subjacentes a esta aquisição e as correspondências fonema-grafema pertinentes à<br />
língua portuguesa do Brasil.<br />
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