Andrea Oliveira Batista DESEMPENHO ORTOGRÁFICO DE ...
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Romanelli e Guimarães (2009) pesquisaram 11 crianças bilingues, tendo<br />
como língua materna o francês, com idade entre 06 e 11 anos, mediante a aplicação<br />
de um ditado de palavras isoladas seguido de uma entrevista enfocando as<br />
habilidades linguísticas para a escolha ortográfica. Como estas crianças tinham<br />
outra língua materna, que não o português brasileiro, tratavam com naturalidade a<br />
ortografia como objeto de conhecimento em sua aprendizagem. Assim os resultados<br />
revelaram que, independente da variação do tempo presente no Brasil, entre 2<br />
meses e 2 anos e 7 meses, todas as crianças estavam aprimorando a hipótese<br />
alfabética e tentando com maior frequência substituí-la pela hipótese ortográfica.,<br />
reforçando que o papel da mediação e da reflexão baseada em experiências e<br />
aproximações das habilidades linguísticas, são capitais na aquisição da ortografia de<br />
uma língua estrangeira.<br />
O conceito, amplamente aceito e divulgado, de que existe uma estreita<br />
relação entre as habilidades metafonológicas e a competência para a realização de<br />
atividades de leitura e escrita, foi investigada por Paolucci e Ávila (2009). Para tanto<br />
as autoras examinaram o desempenho de 32 escolares da 4ª série, que foram<br />
avaliados em leitura, escrita de palavras e consciência fonológica. Os resultados<br />
desta pesquisa corroboram a ideia de que a consciência fonológica é importante<br />
para a descoberta do princípio alfabético no início da alfabetização, sendo que sua<br />
correlação com a leitura foi bem fraca, contudo, para os escolares da 4ª série a<br />
interferência desta habilidade metafonológica se mostrou com moderada correlação.<br />
Com o objetivo de investigar de forma mais sistemática a marcação da<br />
nasalização e examinar a influência das habilidades metalinguísticas nesta escrita,<br />
Ferreira e Correa (2010) pesquisaram 103 crianças cursando entre o 2º e o 5º ano.<br />
Para isto, os contextos de nasalização avaliados foram: “m” antes de “p”, “m” antes<br />
de “b”, “n” antes das demais consoantes, ditongo nasal “ão” em palavras, ditongo<br />
nasal “ao” em verbo, “m” em final de sílaba de verbos no presente, “m” em final de<br />
sílaba de verbos no pretérito, “m” em final de sílaba de verbos diferente de “am”,<br />
vogal nasal “ã”, ditongo nasal “õe” e ditongo nasal “ãe”. Os resultados da<br />
investigação mostraram que as crianças do 2º e 3º anos representam a nasalização<br />
com relativa facilidade, quando há a ocorrência da vogal nasalizada por “n” antes<br />
das demais consoantes e do ditongo nasal “ão” em substantivos. Inversamente,<br />
quando a nasalização ocorre nos contextos da regularidade de posição ou como de<br />
natureza morfossintática, as crianças destes anos apresentam dificuldades. A<br />
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