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Andrea Oliveira Batista DESEMPENHO ORTOGRÁFICO DE ...

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como substituição, omissão de grafemas, alteração na segmentação de palavras,<br />

persistência do apoio da oralidade na escrita e dificuldade na produção de textos<br />

(GALABURDA; CESTNICK, 2003), reversão, inversão e transposição, confusão na<br />

ordem de sílabas e lentidão na percepção visual (ZUCOLOTO; SISTO, 2002).<br />

É incomum a ocorrência da disortografia sem estar combinada com o quadro<br />

de dislexia do desenvolvimento ou distúrbio de aprendizagem (MARTIN; THIERRY,<br />

2008; SERRANO; <strong>DE</strong>FIOR, 2008; PATTAMADILOK et al., 2009; FLETCHER et al.,<br />

2009), pois os escolares nesta situação possuem o sistema fonológico deficiente,<br />

ocasionando alterações na conversão letra-som e em seu armazenamento,<br />

resultando em leitura e escrita lenta, confusão entre palavras similares tanto na<br />

leitura como na escrita, ocasionando alteração na compreensão da leitura e escrita<br />

ineficiente (CAPELLINI, 2005, 2006; DIAS; ÁVILA, 2008; CAPELLINI; ÁVILA, 2007;<br />

BOETS et al., 2008; CAPELLIN; CUNHA; BATISTA, 2009; ZORZI, 2009b). É possível<br />

haver disortografia sem que esteja necessariamente presente a dislexia, contudo,<br />

sempre que há o diagnóstico da dislexia, há como proposição a disortografia<br />

(GOULART, 2004; KAVALE, 2005; CAO et al., 2006).<br />

Por ser considerada rara, quando não associada a outros distúrbios, segundo<br />

o DSM-IV (ASSOCIAÇÃO AMERICANA <strong>DE</strong> PSIQUIATRIA, 2000), não existe<br />

prevalência para a disortografia. No entanto, foram encontradas, em uma amostra de<br />

300 escolares do ensino fundamental (BERNINGER; HART, 1992), dos Estados<br />

Unidos, taxas de incidência de 1,3 a 2,7% para o componente da grafia<br />

(planejamento e produção motora sequencial das letras do alfabeto), por volta de 4%<br />

para o componente da ortografia e 1 a 3% para o componente da expressão escrita<br />

(produção textual). Fletcher e colaboradores (2009), analisando os dados acima e<br />

levando em consideração diferentes critérios usados para definir os transtornos de<br />

aprendizagem específicos, prevêem que os transtornos da linguagem escrita podem<br />

afetar pelo menos 10% da população em idade escolar.<br />

Muitos escolares apresentam alterações na ortografia em decorrência de a<br />

escola não enfatizar o ensino desta pela frágil fundamentação teórica e prática de<br />

seus educadores (CAGLIARI, 2002; BORGES, 2007; ZANELLA, 2007;<br />

GRIGALEVICIUS, 2007). Nesse sentido, Berberian e Massi (2005) complementam<br />

que muitos desses escolares têm na escola sua principal fonte de contato com a<br />

linguagem escrita. Considerando que metodologias atuais de alfabetização não<br />

utilizam procedimentos de correção ortográfica e não enfocam a base do princípio<br />

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