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Andrea Oliveira Batista DESEMPENHO ORTOGRÁFICO DE ...

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Curvelo, Meireles e Correa (1998) pesquisaram 60 crianças alfabetizadas de<br />

2ª a 4ª séries de escola pública, com o objetivo de examinarem o conhecimento do<br />

padrão ortográfico que estas crianças apresentavam em diferentes níveis de<br />

escolaridade. Para isto, propuseram em entrevistas individuais que as crianças<br />

resolvessem o jogo da forca, usando seis palavras selecionadas em função de seu<br />

padrão silábico e do número de sílabas onde houvesse a presença de dígrafo,<br />

encontro consonantal, encontro vocálico, sílaba travada e vogal nasal. A primeira<br />

conclusão que as pesquisadoras chegaram foi de que não houve diferença<br />

significativa no desempenho das crianças de diferentes níveis de escolaridade, para<br />

o término do jogo com sucesso. A segunda foi de que as crianças usaram dois<br />

conhecimentos para a realização da prova, sendo um deles o conhecimento<br />

ortográfico, que permitiu a elas, testar hipóteses referentes aos padrões silábicos da<br />

palavra-alvo bem como lidar com as limitações ortográficas da língua portuguesa. O<br />

outro conhecimento referiu-se ao próprio vocabulário das crianças, que possibilitou<br />

uma percepção das palavras que seriam possíveis, em função da limitação que as<br />

escolhas das letras impunha. Estes resultados indicaram que as escolhas das letras<br />

não foram aleatórias, mesmo no início de cada palavra no jogo, com relação à<br />

posição das vogais e das consoantes, mostrando que as crianças são sensíveis ao<br />

padrão fonológico da língua e que são capazes de refletir sobre os seus<br />

conhecimentos linguísticos e usá-los no plano da ortografia.<br />

Para Morais (1998) o aprendiz da ortografia é ativo no processo de sua<br />

aquisição reelaborando constantemente informações sobre a correta grafia das<br />

palavras, não se prestando a um papel de passividade, tornando cada vez mais<br />

explícitos e conscientes, seus conhecimentos a respeito das regularidades e das<br />

irregularidades na escrita. Está hipótese foi testada pelo autor que pesquisou 116<br />

escolares concluintes da 2ª, 3ª e 4ª séries, metade de escola particular e a outra<br />

metade de escola pública. Foram propostas três tarefas para serem realizadas em<br />

três momentos diferentes. Primeiro foi ditado um texto contendo palavras de baixa e<br />

de alta frequência, apresentando a maioria das situações regulares e irregulares da<br />

língua portuguesa. Depois, foi realizada uma brincadeira de “escrever errado de<br />

propósito”, para verificar quais eram os conhecimentos ortográficos que os escolares<br />

tinham num nível explícito, partindo do pressuposto que para transgredir uma regra<br />

intencionalmente é preciso que se saiba o porquê da violação. Para terminar, num<br />

terceiro momento, o autor realizou entrevistas com os escolares, com vistas a<br />

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