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Andrea Oliveira Batista DESEMPENHO ORTOGRÁFICO DE ...

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processo de ensino-aprendizagem (DOCKRELL; McSHANE, 2000; CAPELLINI,<br />

2004; CAPELLINI et al., 2008).<br />

Inversamente, o Distúrbio de Aprendizagem é compreendido como uma<br />

situação vitalícia e intrínseca ao indivíduo, relacionado com uma disfunção do<br />

Sistema Nervoso Central, tendo caráter funcional (REBOLLO; RODRÍGUEZ, 2006).<br />

Capellini (2004) concorda com esta terminologia empregada, afirmando que na<br />

realidade educacional brasileira existem alunos em salas de aula que não recebem<br />

acompanhamento de suas dificuldades, normalmente originadas por questões de<br />

ordem social e afetiva, e também há alunos portadores de distúrbios de<br />

aprendizagem generalizados ou específicos de leitura e escrita, de etiologia<br />

neurológica e/ou genética.<br />

O Distúrbio de Aprendizagem é descrito por Zorzi (2010) e Capellini,<br />

Germano e Padula (2010), como a ocorrência de fracasso nas habilidades<br />

relacionadas à fala, leitura, escrita e raciocínio lógico-matemático, em que os<br />

processos de desenvolvimento e aprendizagem estão comprometidos desde os<br />

primeiros anos de vida. Trata-se de um transtorno global.<br />

O Distúrbio Específico de Leitura ou Dislexia é um distúrbio neurológico, de<br />

origem congênita, que acomete crianças com potencial intelectual normal, sem<br />

déficits sensoriais e com suposta instrução educacional apropriada, mas que não<br />

conseguem adquirir ou desempenhar satisfatoriamente a habilidade para a leitura<br />

e/ou a escrita, sendo um distúrbio do processamento da linguagem, cuja deficiência<br />

subjaz nas habilidades do processamento fonológico (GALABURDA, 2005;<br />

<strong>DE</strong>SROCHES; JOANISSE; ROBERTSON, 2006; BOETS et al., 2007; FLETCHER<br />

et al., 2009; TABAQUIM, 2010).<br />

A construção do sistema ortográfico pelo escolar não é linear, pois várias<br />

características da aquisição podem variar em tipo e frequência de aparecimento,<br />

dependendo de sua idade e da série (MOOJEN, 2009) e, de acordo com Zorzi<br />

(1998, 2003, 2008), fazem parte do processo de apropriação do sistema ortográfico<br />

da língua, mas são superadas ao longo da escolarização, começando com um<br />

conhecimento mais superficial sobre as relações som-letra, até o momento de poder<br />

ortografar as irregularidades da língua escrita.<br />

No caso dos escolares com disortografia, essas características não<br />

desaparecem com a progressão da escolaridade, mostrando-se persistentes<br />

(BATISTA; GONÇALVES; NOBRE, 2010). De forma geral, podem apresentar-se<br />

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