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CUNHA, Cileide Alves. Aval do passado - Pós-Graduação em ...

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121<br />

desses tipos to<strong>do</strong>s. Então eu ia na mosca. E assim eu fui durante <strong>do</strong>is anos, três anos<br />

preparan<strong>do</strong> artesanalmente a eleição de 1982. 214<br />

Iris l<strong>em</strong>bra-se de que Mauro Borges aceitou b<strong>em</strong> sua candidatura a<br />

governa<strong>do</strong>r. Segun<strong>do</strong> ele, Mauro o procurou, disse-lhe que sentia que os companheiros<br />

de parti<strong>do</strong> e o povo preferiam-no e que ele seria candidato a sena<strong>do</strong>r pela sublegenda.<br />

Na época, Lázaro Barbosa era sena<strong>do</strong>r e candidato nato à reeleição, mas a legislação<br />

permitia outra candidatura pela sublegenda. “Eu apoiei o Mauro. Ele saiu, como eu saí,<br />

enxota<strong>do</strong> <strong>do</strong> poder. O Lázaro tinha si<strong>do</strong> sena<strong>do</strong>r oito anos, era a vez <strong>do</strong> Mauro.” 215<br />

A relação com Henrique Santillo foi tumultuada. O sena<strong>do</strong>r não aceitou a<br />

candidatura de Iris, saiu <strong>do</strong> PMDB e filiou-se ao PT, com seu grupo que incluía<br />

Joaquim Roriz e o <strong>em</strong>presário Onofre Quinan. A aventura durou pouco t<strong>em</strong>po. Logo, o<br />

grupo voltou ao PMDB, Santillo articulou uma aliança com Iris e indicou Quinan para<br />

ser candidato a vice-governa<strong>do</strong>r. Iris admite que, nessa época, tinha uma relação muito<br />

mais próxima de Mauro <strong>do</strong> que de Santillo. Ele ainda nutria pelo filho de Pedro<br />

Lu<strong>do</strong>vico o mesmo respeito e admiração da época <strong>em</strong> que ele fez um governo<br />

“inova<strong>do</strong>r” <strong>em</strong> Goiás.<br />

Com apoio <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is, Iris realizou <strong>em</strong> 1982 seu projeto político, aborta<strong>do</strong> <strong>em</strong><br />

1969, de se eleger governa<strong>do</strong>r de Goiás. Ele tomou posse <strong>em</strong> março de 1983, inician<strong>do</strong><br />

uma nova fase política <strong>em</strong> sua carreira: a de líder <strong>do</strong> grupo político que foi comanda<strong>do</strong><br />

por quase cinco décadas por Pedro Lu<strong>do</strong>vico Teixeira. A eleição de 1982 consoli<strong>do</strong>u<br />

essa liderança, que ele confirmaria no exercício <strong>do</strong> poder. Santillo e Mauro, que<br />

chegaram a ameaçar seu projeto na volta da red<strong>em</strong>ocratização, não ficaram no PMDB.<br />

Mauro foi o primeiro a romper com Iris. A separação consumou-se <strong>em</strong> 1986, quan<strong>do</strong> ele<br />

disputou e perdeu a eleição para governa<strong>do</strong>r para Henrique Santillo, o candidato<br />

apoia<strong>do</strong> por Iris. O rompimento com Santillo ocorreu três anos depois, <strong>em</strong> 1989. Iris<br />

tornou-se então o principal líder <strong>do</strong> PMDB, como Pedro Lu<strong>do</strong>vico foi, no passa<strong>do</strong>, <strong>do</strong><br />

PSD.<br />

214 Entrevista <strong>em</strong> 4/7/2007.<br />

215 Entrevista, ibid<strong>em</strong>.

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