CUNHA, Cileide Alves. Aval do passado - Pós-Graduação em ...
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Resumo<br />
Esta dissertação de mestra<strong>do</strong> é um esforço de investigação para compreender<br />
como Iris Rezende Macha<strong>do</strong>, que estreou na política <strong>em</strong> 1958, estruturou sua liderança,<br />
com duração e suporte para resistir ao t<strong>em</strong>po. A fonte principal desta investigação é o<br />
test<strong>em</strong>unho oral: as entrevistas de Iris Rezende constitu<strong>em</strong> a base para a análise de sua<br />
trajetória. Elas foram cotejadas com depoimentos de pessoas que test<strong>em</strong>unharam seu<br />
trabalho, com arquivos de jornais e com a literatura sobre a política goiana.<br />
Foram realizadas quase duas dezenas de entrevistas com Iris Rezende,<br />
perfazen<strong>do</strong> cerca de 30 horas de gravação. Suas m<strong>em</strong>órias ajudaram a compreender não<br />
apenas sua trajetória, também deram acesso à m<strong>em</strong>ória coletiva de seu grupo político.<br />
Suas l<strong>em</strong>branças se entrelaçam com a de outros agentes <strong>do</strong> campo político,<br />
possibilitan<strong>do</strong> a compreenção da m<strong>em</strong>ória desse grupo, lidera<strong>do</strong> por Pedro Lu<strong>do</strong>vico<br />
Texeira por quase cinco décadas.<br />
Iris começou sua carreira na oposição ao lu<strong>do</strong>viquismo, mas se aproximou<br />
dele, ao pressentir que político que ambiciona construir uma longa carreira deve<br />
participar de um grupo forte. A escuta de sua vida permitiu compreender sua vocação<br />
para a política, a estruturação de sua carreira, sua profissionalização e sua relação com<br />
alia<strong>do</strong>s e adversários. Aju<strong>do</strong>u ainda a entender como a mentalidade de modernização e<br />
de reestruturação administrativa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> – bandeiras <strong>do</strong>s revolucionários de 30 e<br />
marcas das gestões de Lu<strong>do</strong>vico – foi transmitida aos agentes de seu campo político,<br />
entre eles Iris, que reivindicou sua inserção na transição da m<strong>em</strong>ória à história, como<br />
elo entre a ação político-adminitrativa de Pedro Lu<strong>do</strong>vico e as ações <strong>do</strong> mesmo grupo<br />
após a morte de Lu<strong>do</strong>vico.<br />
O primeiro capítulo faz uma discussão teórica sobre m<strong>em</strong>ória, o ato de l<strong>em</strong>brar<br />
e de esquecer, a história oral e, por fim, a estruturação de uma carreira política. Iris<br />
narra suas m<strong>em</strong>órias no segun<strong>do</strong> capítulo. No terceiro, retomo a narrativa de Iris para<br />
submetê-la à interpretação histórica.