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Anais de Historia CPTL - 2006.pmd - Campus de Três Lagoas

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mulheres e os menores forneciam consi<strong>de</strong>rável soma <strong>de</strong> trabalho complementar<br />

e ainda garantiam o abastecimento <strong>de</strong> braços durante a<br />

colheita. Outro fator importante é que ao escolher os imigrantes a promotoria<br />

limitava-se a parentes e amigos dos colonos já aqui estabelecidos.<br />

Petrone (1982) pontua que a partir <strong>de</strong> 1880 houve um crescimento<br />

da corrente imigratória. Tal fato <strong>de</strong>ve-se principalmente aqueles<br />

que se dirigiam as gran<strong>de</strong>s proprieda<strong>de</strong>s cafeeiras.<br />

OS IMIGRANTES JAPONESES<br />

Por volta <strong>de</strong> quinze anos houve tentativas <strong>de</strong> emigração japonesa<br />

para o Brasil. Essas primeiras tentativas fracassaram vindo em 1908<br />

os primeiros imigrantes japoneses para o Brasil. Um dos impasses a<br />

concretização da imigração japonesa eram as notícias sobre a situação<br />

<strong>de</strong>plorável dos imigrantes europeus já aqui estabelecidos trabalhando<br />

nas fazendas <strong>de</strong> café.<br />

Introduzida em 1908 a primeira leva <strong>de</strong> japoneses o governo do<br />

estado <strong>de</strong> São Paulo passou a subvencionar parte dos transportes dos<br />

imigrantes. Os imigrantes vindos <strong>de</strong>veriam fazer parte <strong>de</strong> uma família<br />

<strong>de</strong> pelo menos três membros <strong>de</strong> 15 a 50 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. A escolha<br />

continuava sendo por famílias e não pessoas isoladas.<br />

A imigração japonesa teve seu auge no Brasil quando, em 1923,<br />

tanto os Estados Unidos da América quanto o Peru cessaram totalmente<br />

a ativida<strong>de</strong>. O Brasil passou a ser, portanto, praticamente, o<br />

único país on<strong>de</strong> o imigrante japonês era recebido.<br />

Segundo Vieira (1973), havia algumas empresas japonesas que<br />

controlavam a vinda dos japoneses e seu estabelecimento no Brasil. A<br />

partir <strong>de</strong> 1917 surgiu a Kaigai Kogyo Kabushiki Kaisha (KKKK). Tratava-se<br />

<strong>de</strong> uma Companhia Ultramarina <strong>de</strong> Empreendimentos. Ela possuía<br />

seções <strong>de</strong> emigração, agricultura e comércio. Também fundava<br />

nas colônias várias cooperativas. Outra empresa era a BRATAC (socieda<strong>de</strong><br />

colonizadora do Brasil), que era uma empresa <strong>de</strong> economia<br />

mista, com capital das províncias japonesas e <strong>de</strong> particulares. Sua<br />

tarefa era recrutar e encaminhar os emigrantes <strong>de</strong> colonização agrícola,<br />

organizando-os como colonos proprietários em núcleos planejados.<br />

Segundo Vieira (1973), os japoneses aqui instalados partiam<br />

para as fazendas <strong>de</strong> café primeiramente. Os que se sentiam insatisfeitos<br />

tentavam as fazendas <strong>de</strong> algodão e até mesmo outros tipos <strong>de</strong><br />

emprego. Uma forma muito utilizada após algumas ondas <strong>de</strong> insatisfa-<br />

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