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Anais de Historia CPTL - 2006.pmd - Campus de Três Lagoas

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tural, e que nos confronta com uma disposição <strong>de</strong> saber ou com uma<br />

distribuição das práticas que existem lado a lado, <strong>de</strong>signando uma<br />

forma <strong>de</strong> contradição social que tem que ser negociado em vez <strong>de</strong><br />

negado.<br />

O objetivo da diferença cultural é rearticular a soma do conhecimento<br />

a partir da perspectiva da posição <strong>de</strong> significação da minoria,<br />

que resiste à totalização e introduz no processo <strong>de</strong> julgamento e<br />

interpretação cultural aquele choque repentino do tempo sucessivo,<br />

da significação, ou a interrupção da questão suplementar, tal processo<br />

exige uma temporalida<strong>de</strong> cultural que é tanto disjuntiva quanto<br />

capaz <strong>de</strong> articular formas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> que são ao mesmo tempo<br />

nossas e outras.<br />

Na proposta <strong>de</strong> discutir a complexida<strong>de</strong> dos conceitos e sua<br />

localização em meio a movimentos que parecem acontecer naturalmente,<br />

como no caso com a migração e imigração entre Brasil e<br />

Paraguai, e no interior <strong>de</strong>sse processo a presença <strong>de</strong> um terceiro “elemento”<br />

que é o brasiguaio. É importante perceber como se dão as<br />

percepções <strong>de</strong> representação. Neste momento <strong>de</strong>ixo claro que seria<br />

impossível a<strong>de</strong>ntrar tal teoria neste texto, na tentativa <strong>de</strong> discutir suas<br />

relações com o tema aqui abordado, para tanto busco minimamente<br />

ao menos aqui mostrar como isso está presente na história e na socieda<strong>de</strong>,<br />

e seus níveis <strong>de</strong> abrangência seja no tocante aos indivíduos,<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s e na historiografia <strong>de</strong> modo geral.<br />

Na atualida<strong>de</strong> a história cultural se apresenta como um dos campos<br />

<strong>de</strong> pesquisa mais promissores na historiografia, pois ela integra<br />

uma história <strong>de</strong> representações, tendo por ambição respon<strong>de</strong>r pela<br />

totalida<strong>de</strong> histórica, com uma explicação global dos fenômenos sociais,<br />

tornando-se uma história social das representações coletivas. Para<br />

Roger Chartier, segundo Helenice Rodrigues da Silva;<br />

248<br />

o conceito <strong>de</strong> representação permite associar antigas<br />

categorias que a história social, a história das<br />

mentalida<strong>de</strong>s e a história política mantinham separadas.<br />

Desse modo, ele possibilita unificar três dimensões<br />

constitutivas da realida<strong>de</strong> social (...), a matriz<br />

das formas <strong>de</strong> percepção, <strong>de</strong> classificação e <strong>de</strong><br />

julgamento; em seguida as formas simbólicas por<br />

meio das quais os grupos e os indivíduos percebem<br />

suas próprias i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s, e por fim a <strong>de</strong>legação atribuída<br />

a um representante (individuo, coletivo, instância<br />

abstrata) da coerência e da permanência da comunida<strong>de</strong><br />

representada (CHARTIER, citado por SIL-<br />

VA, 2002, p. 126).

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