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Anais de Historia CPTL - 2006.pmd - Campus de Três Lagoas

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O cenário escolhido para este trabalho foi a Avenida Ranulpho<br />

Marques Leal, saída para São Paulo, mais precisamente uma lanchonete<br />

que se localiza em um posto <strong>de</strong> gasolina, no município <strong>de</strong> Três<br />

<strong>Lagoas</strong>, estado <strong>de</strong> Mato Grosso do Sul.<br />

TRAVESTIS PROFISSIONAIS DO SEXO<br />

SOB A PERSPECTIVA DO ESTUDO DE GÊNÊRO<br />

Este artigo centrará numa análise <strong>de</strong> como são concebidos os<br />

estudos <strong>de</strong> gênero percorrendo, <strong>de</strong> forma breve, a história das mulheres<br />

e finalizando <strong>de</strong> modo a evi<strong>de</strong>nciar a aspiração <strong>de</strong>ste trabalho,<br />

como estudo <strong>de</strong> gênero. Preten<strong>de</strong>-se esclarecer que a abordagem<br />

feita sobre o estudo voltado para mulheres se constitui como um<br />

alicerce para a compreensão da categoria gênero, sem mais pretensões.<br />

A emergência <strong>de</strong>ste campo <strong>de</strong> estudo, voltado para os sujeitos<br />

do sexo feminino, acompanhou as políticas feministas carregadas <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ologias, sendo que em todas as abordagens, <strong>de</strong> um modo geral,<br />

consi<strong>de</strong>ravam as “mulheres” como uma categoria social fixa, falavam<br />

da mulher e não analisavam as mulheres, ou seja, consi<strong>de</strong>ravam que<br />

todos indivíduos eram biologicamente do sexo feminino, que se moviam<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> contextos e papéis diferentes, cuja experiência mudava,<br />

porém a essência como mulher não se alterava, <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rando <strong>de</strong>sta<br />

forma a pluralida<strong>de</strong> da categoria.<br />

Joan Scott faz um breve histórico dos caminhos percorridos pela<br />

historia das mulheres, até o inovador estudo <strong>de</strong> gênero:<br />

Finalmente (assim prossegue a trajetória), o <strong>de</strong>svio<br />

para gênero, na década <strong>de</strong> 80 foi um rompimento<br />

<strong>de</strong>finitivo com a política e propiciou este campo conseguir<br />

o seu próprio espaço, pois o termo gênero e<br />

um termo aparentemente neutro, <strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong> propósitos<br />

i<strong>de</strong>ológico imediato. A emergência da historia<br />

das mulheres como um campo <strong>de</strong> estudo envolve,<br />

nesta interpretação, uma evolução do feminismo para<br />

as mulheres e daí para gênero; ou seja, da política<br />

para a história especializada e daí para a análise.(1992,<br />

p. 64)<br />

A categoria <strong>de</strong> gênero surge na década 80. Inicialmente é aplicada<br />

para analisar as diferenças entre os sexos, se esten<strong>de</strong>ndo para<br />

discussões das diferenças <strong>de</strong>ntro da diferença (SCOTT, 1992), ou seja,<br />

a manifestação da diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um grupo on<strong>de</strong> este já era<br />

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