Anais de Historia CPTL - 2006.pmd - Campus de TrÃªs Lagoas

More documents

Recommendations

Info

da liderança do MST em seu nascimento até os dias atuais, questionando como elas vão sendo incorporadas e, ou deixadas fora de seus planos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Pelo que se evidencia, o MST desde sua criação se configurou como um dos movimentos sociais de luta pela terra mais importantes do Brasil. Cabe retomar a consideração de que o “MST não nasceu MST”. Ele foi sendo construído durante o processo histórico. Conforme os seus principais articuladores, o Movimento é fruto de diversas lutas dos movimentos sociais no campo. Ao pesquisar, mesmo que brevemente a trajetória de luta do MST, é perceptível que este vem se organizando, aprimorando os seus métodos de luta e os seus discursos. Pode-se pensar que o Movimento em sua ideologia é apenas mais um a reivindicar a conquista da terra, mas seus ideais vão além dela. Ele caminha objetivando a transformação da sociedade nos mais variados aspectos político, econômico, social e, quem sabe até em relação às subjetividades da sociedade brasileira. Algo significativo ao se propor compreender o surgimento e desenvolvimento do MST é não negligenciar o papel relevante da Igreja Católica e Luterana em sua organização. O próprio Movimento reconhece o apoio e assessoria das CEBs e da CPT como fundamentais na sistematização dos trabalhos em meio aos grupos de sujeitos que compunham o Movimento. Além dos trabalhos religiosos, os padres e pastores “progressistas” ligados a Teologia da Libertação buscavam desenvolver nos militantes a consciência política e discutiam acerca da realidade imposta aos trabalhadores. Após a análise de alguns autores que escrevem sobre a relação do MST com a Igreja, é possível observar que em meio à organização do Movimento o discurso religioso era usado como forma de conscientizar e organizar os indivíduos a irem a luta. Pode se dizer que o MST, depois de alguns anos, passou a ser “independente” da Igreja, entretanto, nota-se em âmbito geral que este não abriu mão do apoio desta instituição religiosa. Ela passaria a ter lugares específicos nas suas mediações e atuações em meio ao Movimento. 160
NOTAS 1 Trabalho realizado como parte da pesquisa de Iniciação Cientifica PIBIC/ CNPq, no período de agosto de 2006 a julho de 2007, sob orientação da Profª Drª Maria Celma Borges. 2 Acadêmico da 3ª série do curso de História da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Três Lagoas. 3 Para melhor compreensão do assunto, ver NOVAIS, Fernado A. O Brasil nos quadros do antigo sistema colonial. Brasil em Perspectiva. MOTA, Carlos Guilherme (org.). São Paulo: Difel, 1984. 4 Para melhor compreensão do assunto, ver MARTINS, José de Souza. Caminhada no chão da noite: Emancipação política e libertação nos movimentos sociais no campo. São Paulo: Hucitec, 1989. FONTES ALACÂNTRA, Maria de Lourdes Beldi; JUSTOS, Marcelo. O Movimento dos Sem Terra: uma análise sobre o discurso religioso. Revista Imaginário – Artigos e Publicações. IN. www.imaginario.com.br/artigo/a0061_a0090/ a0064.shtml , disponível dia 15/10/06 às 22:46. CPT. Artigo - Teologia Simbólica da Terra. IN. www.cpt.org.br/?system= news&action=read&id=236&eid=136, disponível dia 07/04/06 as 18:55hs. ESTUDOS AVANÇADOS. O MST e a questão agrária. São Paulo:IEA, v.11, n.31:69-97, 1997. MST.Como se organiza. Caderno de Formação n.º5.1984. RODRÍGUES, Ricardo Vélez. Movimento dos Sem Terra – Questões Estratégicas. Universidade Federal de Juiz de Fora – MG. IN. www.defesa.ufjf.br/ fts/MST.pdf, disponível em 06/11/2006 as 11:27hs REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BLOCH, Marc. Apologia da história, ou, O ofício do historiador.Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. BOFF, Leonardo. Jesus Cristo Libertador: ensaio de crsitologia crítica para o nosso tempo. Petrópolis, Vozes. 1986. DIAS, Romualdo. Imagens de ordem: a doutrina católica sobre a autoridade no Brasil (1922-1933). São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1996. FERNANDES, Bernardo Mançano; STEDILE, João Pedro. Brava Gente. A trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999. 161
Page 1 and 2:
Andrey Minin Martin Luciana Apareci
Page 3 and 4:
Andrey Minin Martin Luciana Apareci
Page 5 and 6:
APRESENTAÇÃO Temos o prazer de ap
Page 7 and 8:
de Três Lagoas, entre outros sujei
Page 9 and 10:
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ...........
Page 11 and 12:
ANÁLISE DAS ATIVIDADES NÃO-AGRÍC
Page 13:
PARTE 1 A QUESTÃO INDÍGENA: UM DE
Page 16 and 17:
Apesar disso, trabalho com a idéia
Page 18 and 19:
seu próprio intento, que era o de
Page 20 and 21:
chamam de ‘caminho de São Tomé
Page 22 and 23:
É, portanto, justamente com o obje
Page 24 and 25:
país. Segundo a história, ele era
Page 26 and 27:
LARNGER, J. Caminhos Ancestrais. No
Page 28 and 29:
para este estudo como: o fundamenta
Page 30 and 31:
No trecho acima fica evidente que o
Page 32 and 33:
Os índios são contratados junto a
Page 34 and 35:
período considerável para histori
Page 36 and 37:
7 Idem. 8 Idem. 9 Esta pesquisa faz
Page 39 and 40:
LEITURAS CRÍTICAS DE IERECÊ A GUA
Page 41 and 42:
as indígenas durante suas diversas
Page 43 and 44:
var e estabelecer relações com a
Page 45 and 46:
Para completar sua indagação inic
Page 47:
FAUSTO, Boris. História do Brasil.
Page 50 and 51:
ser diferente, porque vivemos à so
Page 52 and 53:
Sua raça de gente está aos poucos
Page 54 and 55:
tempo, exploração do poderoso col
Page 56 and 57:
--------. Laços de Família: conto
Page 59 and 60:
O PROCESSO DE COLONIZAÇÃO DA ALTA
Page 61 and 62:
lista propriamente dita. Estes cabo
Page 63 and 64:
Esta contribuição de Candido é i
Page 65 and 66:
que também possuía (ou ainda poss
Page 67 and 68:
propriedades eram resultantes das a
Page 69 and 70:
O PROCESSO COLONIZADOR NA CIDADE DE
Page 71 and 72:
a chegada dos imigrantes japoneses)
Page 73 and 74:
larmente conhecido como Palácio de
Page 75 and 76:
Ressaltam ainda que esse fenômeno
Page 77 and 78:
perceber concretamente que o mero a
Page 79 and 80:
Ennes afirma que a prática de tran
Page 81 and 82:
3 Poesia sem autor identificado, pe
Page 83 and 84:
O COTIDIANO EM ITAPURA NO SÉCULO X
Page 85 and 86:
O próprio fim a que se visa este e
Page 87 and 88:
corredeiras. A existência de uma v
Page 89 and 90:
as águas, ora as vomita à maneira
Page 91 and 92:
O COTIDIANO NA VILA DO ITAPURA: JUR
Page 93 and 94:
esses diretores eram nomeados pelo
Page 95 and 96:
os que não estavam inseridos na ro
Page 97 and 98:
COLONIZAÇÃO E CONQUISTA DE TERRAS
Page 99 and 100:
Já nas primeiras décadas do sécu
Page 101 and 102:
Analisando o histórico do municíp
Page 103 and 104:
tinham de 10 à 20 alqueires, 77 gl
Page 105 and 106:
a introdução do trator, de iníci
Page 107 and 108:
imediatamente recolher o café. Qua
Page 109 and 110: 7 Documento recolhido de acervo par
Page 111 and 112: DA MÃO DE OBRA ESCRAVA AO IMIGRANT
Page 113 and 114: deixava claro que a superação da
Page 115 and 116: Havia uma série de preconceitos a
Page 117 and 118: das demais nações. Afirmava ainda
Page 119 and 120: mulheres e os menores forneciam con
Page 121 and 122: construções ferroviárias. Mais e
Page 123 and 124: A OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO SUL DE
Page 125 and 126: ser praticamente despovoada. Este f
Page 127 and 128: Segundo esse ideal político “ino
Page 129 and 130: Como vimos diversos foram os motivo
Page 131 and 132: A COMPANHIA MATTE LARANGEIRA E O ES
Page 133 and 134: sença teria permanecido no isolame
Page 135 and 136: peculiaridades essas que procuramos
Page 137 and 138: PARTE 3 A LUTA PELA TERRA E PARA NE
Page 139 and 140: PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES SOCIAI
Page 141 and 142: que temos pela frente” (JOVCHELOV
Page 143 and 144: dinamicidade ultrapassando a concep
Page 145 and 146: o sujeito e o objeto da representa
Page 147 and 148: A experiência surge espontaneament
Page 149 and 150: tos” (e não mais) de sua própri
Page 151 and 152: MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS
Page 153 and 154: É cabível salientar que os movime
Page 155 and 156: sujeitos - diferentes ou nem tanto.
Page 157 and 158: Devido a realidade do campo brasile
Page 159: Na reflexão de Silva é perceptív
Page 163 and 164: MODOS DE VIDA, PRÁTICAS DE LUTA: C
Page 165 and 166: Enfim, na construção da pesquisa
Page 167 and 168: FETAGRI. Este dado se torna relevan
Page 169 and 170: ções sociais legítimas para se v
Page 171 and 172: da reforma agrária as quais o paí
Page 173 and 174: BOSI, Eclea. Cultura e Desenraizame
Page 175 and 176: ANALISE DAS ATIVIDADES NÃO-AGRÍCO
Page 177 and 178: de Ribas do Rio Pardo, a SIDERSUL,
Page 179 and 180: ANÁLISE DAS CARVOARIAS E DOS CARVO
Page 181 and 182: Quadro 05 - Qual a percepção do S
Page 183 and 184: mento São Tomé que possui express
Page 185 and 186: comprava o leite produzido por eles
Page 187 and 188: CONCLUSÕES A pesquisa realizada pe
Page 189 and 190: PARTE 4 RELIGIOSIDADE, CULTURA POPU
Page 191 and 192: SANTO DAIME: ASPECTOS DA RELIGIOSID
Page 193 and 194: outros, passou a conviver com as pr
Page 195 and 196: Fonte: www.daime.org.br Para entend
Page 197 and 198: Daime, é considerada um sacramento
Page 199 and 200: desarranjos intestinais, ou as duas
Page 201 and 202: As músicas possuem um significado
Page 203 and 204: --------. Viagem ao Santo Daime: o
Page 205 and 206: UMBANDA: UMA TRAJETÓRIA DE RESIST
Page 207 and 208: o historiador não deve fechar-se e
Page 209 and 210: O espiritismo representava uma amea
Page 211 and 212:
na Religião afro-brasileira status
Page 213 and 214:
ordem, que esses personagens repres
Page 215 and 216:
al ou embaixador, com maior razão
Page 217 and 218:
O FALSO FAUSTO: A CARNAVALIZAÇÃO
Page 219 and 220:
decorrem da necessidade da constitu
Page 221 and 222:
mens que buscam o ouro daqueles que
Page 223 and 224:
mas que não se limita a ser negati
Page 225 and 226:
ções religiosas, desfiles ou para
Page 227 and 228:
NOTAS 1 O Enfoque dado a este traba
Page 229 and 230:
PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES DA CAP
Page 231 and 232:
Conjuntamente com as transformaçõ
Page 233 and 234:
e sobre isso ele apenas fala que a
Page 235 and 236:
forma de preconceito? Como exemplo
Page 237 and 238:
NOTAS 1 Acadêmica do 4º ano do cu
Page 239 and 240:
FRONTEIRAS, REPRESENTAÇÕES E IDEN
Page 241 and 242:
Esse engenhoso plano teve grande in
Page 243 and 244:
assim em resultados lastimáveis, p
Page 245 and 246:
te os primeiros Estados desse tipo
Page 247 and 248:
que a trata apenas nos moldes polí
Page 249 and 250:
A categoria de representação é e
Page 251 and 252:
trangeiros esse tipo de atitude iri
Page 253 and 254:
ORIENTE MÉDIO: DA FORMAÇÃO DA ID
Page 255 and 256:
Druzos na Síria e no Líbano, Zaid
Page 257 and 258:
um superior em hierarquia “denomi
Page 259 and 260:
quando exércitos de Castela e Arag
Page 261 and 262:
e África, aliado ao discurso de le
Page 263 and 264:
dos, gerando um clima de tensão qu
Page 265 and 266:
visão dá lugar a uma consciência
Page 267 and 268:
PARTE 5 TEORIA E PRÁTICAS: NOVOS O
Page 269 and 270:
FASES DA PESQUISA: DA PRÁTICA À T
Page 271 and 272:
novo espaço em que brotou uma nova
Page 273 and 274:
histórias, surge a questão: Quem
Page 275 and 276:
empreendidas para eliminar qualquer
Page 277 and 278:
nos direciona a um comprometimento
Page 279 and 280:
2 Graduada em Direito pela Institui
Page 281 and 282:
significado nas memórias e nas fon
Page 283 and 284:
UM PASSEIO PELAS METODOLOGIAS DA HI
Page 285 and 286:
Deve-se percorrer algum caminho (ou
Page 287 and 288:
plo, foi às vezes, associada a um
Page 289 and 290:
e da humildade, da aventura, mas ta
Page 291 and 292:
o historiador pára e pensa sobre o
Page 293 and 294:
TRAVESTIS PROFISSIONAIS DO SEXO: O
Page 295 and 296:
concebido como distinto em relaçã
Page 297 and 298:
dências contra ao estranho grupo q
Page 299 and 300:
tituição ao lado do modo de ser t
Page 301 and 302:
FONTE Boletim de ocorrência nº 71
Page 303 and 304:
PUNK ROCK EM ILHA SOLTEIRA/SP NOS A
Page 305 and 306:
autores, em relação à música do
Page 307 and 308:
Nessa ótica percebe-se que o surgi
Page 309 and 310:
Reforma agrária a plebe quer E pra
Page 311:
um grande número de estudantes que
show all

Anais de Historia CPTL - 2006.pmd - Campus de TrÃªs Lagoas

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?