Anais de Historia CPTL - 2006.pmd - Campus de Três Lagoas

A COMPANHIA MATTE LARANGEIRA
E O ESTADO NOVO
A companhia Matte Larangeira como já nos referimos no presente
trabalho mantinha a extremo sul do estado, vastíssimas extensões
de terras arrendadas pelo Estado, com o inicio do governo Vargas
isso viria a mudar.
Desde o inicio de seu arrendamento que aconteceu no Império
Brasileiro, mais precisamente em 1882, a companhia conseguira manter
seus domínios através da figura empreendedora de Thomaz
Larangeira e sua forte influencia política, a companhia conseguira durante
certo tempo um grande apoio político que com o passar do tempo
foi se “perdendo”, já no primeiro quartel do século XX, seus arrendamentos
eram questionados tanto por pessoas comuns como pelo poder
público, isto em parte advinha da grande migração gaúcha para o
local favorecendo ainda mais os questionamentos acerca dos arrendamentos.
A idéia do parcelamento dos ervais continuou circulando
entre os opositores da empresa. Moura Carneiro,
espécie de procurador dos moradores da região,
defendia em 1931 a divisão da área ervateira”
porque o que há de extraordinário no sul de Mato Grosso,
é que ali não a terras para o povo. Isso significa
que e impraticável o povoamento do sul daquele
estado.(ARRUDA,1997, p. 54)
Na região onde encontra-se os arrendamentos da companhia
existia uma lei imposta que nenhuma pessoa estranha a mesma poderia
permanecer no local das terras. Com o inicio do governo Vargas os
arrendamentos foram ainda mais questionados, apontemos de inicio
uma questão central, a companhia era uma empresa transnacional
isto é Brasil, Argentina e Paraguai faziam parte da empresa o que
segundo Vargas ameaçaria a soberania nacional, visto que a região de
atuação da mesma era uma área fronteiriça, fato que estaria incomodando
o poder público.
Com o inicio do Estado Novo foi proclamada a constituição de
1937, conhecida como “Polaca” por ter sido inspirada na constituição
autoritária da Polônia. O fato é que a constituição continha elementos
que limitava os arrendamentos ou concessão de terras ao longo da
fronteiras do país.
A constituição ditatorial de 1937 estabelecia que numa
faixa de 150 km ao longo das fronteiras do país, nenhuma
concessão de terras ou vias de comunicação
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