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Anais de Historia CPTL - 2006.pmd - Campus de Três Lagoas

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ou seja, da navegação como suporte ao <strong>de</strong>senvolvimento econômico<br />

das regiões e, fundamentalmente, o <strong>de</strong> promover a comunicação fluvial<br />

até mesmo ao tempo da guerra. Segundo ele, alguns relatórios <strong>de</strong><br />

presi<strong>de</strong>ntes da província paulista do tempo da monarquia, principalmente<br />

do Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Parnaíba, que já tinham aconselhado sua fundação<br />

quase um século antes, serviriam para documentar esse fato. Diz<br />

ele que<br />

Nascidos dos mesmos motivos que já tinham aconselhado<br />

sua fundação quase um século antes, ou<br />

seja, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> facilitar o trânsito para o interior<br />

do país, esses estabelecimentos estavam longe<br />

<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>r às esperanças <strong>de</strong>positadas em seu<br />

futuro (ibi<strong>de</strong>m, p. 42).<br />

Se estes estadistas tiveram razão, o futuro foi capaz <strong>de</strong> mostrar<br />

concretamente o contrário, porque a navegação é uma realida<strong>de</strong> presente<br />

e, talvez, um engano para o nosso futuro. A construção <strong>de</strong> barragens<br />

na região on<strong>de</strong> hoje se compreen<strong>de</strong> o Itapura é tomada por um<br />

potente complexo hidrelétrico, o <strong>de</strong> Urubupungá; mesmo com represas<br />

é possível navegar-se em quase toda a extensão dos rios Tietê e<br />

Paraná e alguns dos seus afluentes, como o Paraguai, po<strong>de</strong>ndo chegar-se<br />

a Corumbá, e indo até o rio da Prata, na Argentina; tudo isso<br />

graças ao sistema <strong>de</strong> eclusas (CESP, 1988).<br />

Não po<strong>de</strong>mos esquecer as ferrovias, sobretudo, porque foram o<br />

meio da expansão pioneira em inícios do século XX (Mombeig, 1998,<br />

p. 93-94), consi<strong>de</strong>rando-se que já na segunda meta<strong>de</strong> do século XIX, a<br />

estrada <strong>de</strong> ferro já tinha começado, pelo menos no trecho <strong>de</strong> Santos a<br />

Jundiaí.<br />

Mais tar<strong>de</strong>, por volta <strong>de</strong> 1922, é que a Companhia Estrada <strong>de</strong><br />

Ferro Noroeste do Brasil chegará ao rio Paraná fazendo um tronco<br />

perto do Itapura, justamente à margem esquerda do rio Tietê. Aqui, o<br />

futuro foi revelador, porque bem sabemos o estado atual das ferrovias<br />

brasileiras mesmo as que foram privatizadas em governos recentes e<br />

só servem hoje em dia para o transporte <strong>de</strong> mercadorias que escoam<br />

do interior do país para os portos da faixa litorânea. É <strong>de</strong> inextinguível<br />

relevância, portanto, fazer-se este comentário breve sobre a navegação<br />

fluvial à máquina e como também das estradas <strong>de</strong> ferro tal como<br />

se comportam atualmente, pois é no século XIX exatamente que se<br />

iniciam o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sses “agentes da mo<strong>de</strong>rnização”, como<br />

diz Holanda, não somente no Brasil, mas na Europa e, especialmente,<br />

na sua extensão para a América (1994, p 252; cf.; Barros, 1957;<br />

Giesbrecht, 2006; Mombeig, 1998).<br />

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