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Anais de Historia CPTL - 2006.pmd - Campus de Três Lagoas

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que amedronta o pesquisador e ao invés <strong>de</strong> contribuir para a produção<br />

causa muitos problemas pelo fato <strong>de</strong> não se saber como utiliza-la.<br />

Na verda<strong>de</strong> esse texto busca apresentar algumas consi<strong>de</strong>rações<br />

sobre metodologias, tendo algumas reflexões referentes à história<br />

tradicional e a nova história, abordando a crise dos paradigmas<br />

tradicionais e a emergência <strong>de</strong> novos mo<strong>de</strong>los na escrita da história.<br />

Por fim, discutir algumas possibilida<strong>de</strong>s dos métodos na produção<br />

historiográfica.<br />

A escrita da história atual tem novos mo<strong>de</strong>los ligados principalmente<br />

com a nova história e sendo uma reação <strong>de</strong>liberada contra a<br />

história tradicional, configura-se assim a crise dos paradigmas tradicionais<br />

e a emergência <strong>de</strong> novos mo<strong>de</strong>los. A expressão “Nova História”<br />

vem da França, da obra <strong>de</strong> Jacques Le Goff, associada a escola dos<br />

“Annales”, que tem sido consi<strong>de</strong>rada a forma <strong>de</strong> se fazer a história e<br />

não uma <strong>de</strong>ntre as várias abordagens possíveis do passado, assim<br />

existe uma relação <strong>de</strong> contraste entre a nova história e a história tradicional.<br />

O que é novo não é somente a existência <strong>de</strong> uma nova forma <strong>de</strong><br />

se ver e analisar a história, mas também o fato <strong>de</strong> seus profissionais<br />

se recusarem hoje a serem marginalizados.<br />

A Nova História não estuda somente a política, mas se interessa<br />

por toda ativida<strong>de</strong> humana, ela compreen<strong>de</strong> tudo como uma construção<br />

cultural. Não existe o que é central e/ou periférico na História. A<br />

Nova História busca outros tipos <strong>de</strong> fontes além dos documentos oficiais,<br />

expõe também as limitações <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> fonte, assim como<br />

todos os tipos <strong>de</strong> fontes apresentam suas lacunas. A questão é atentar-se<br />

para isso. O que acontecia com a história tradicional era ter os<br />

documentos oficiais como <strong>de</strong>tentores da verda<strong>de</strong>, sendo que hoje sabemos<br />

que isso não é característica <strong>de</strong> nenhum tipo <strong>de</strong> fonte, pois<br />

nenhuma <strong>de</strong>las <strong>de</strong>tém a verda<strong>de</strong>.<br />

Conforme Burke (1992) existem gran<strong>de</strong>s contrastes entre<br />

paradigma tradicional e o mo<strong>de</strong>lo emergente <strong>de</strong> escrita historiográfica<br />

e é a partir do século XX que esse campo se configura em um universo<br />

em expansão e consequentemente também <strong>de</strong> fragmentação, ou seja,<br />

o campo da historiografia aumenta a cada instante e <strong>de</strong>vido a isso<br />

passa a se fragmentar em microcampos que tornam os conhecimentos<br />

cada vez mais específicos.<br />

284<br />

O mais é percorrer os caminhos e <strong>de</strong>scaminhos da<br />

história, enfrentando-se com serenida<strong>de</strong> as diferenças<br />

<strong>de</strong> opinião e opção teórica. Embate<br />

<strong>de</strong> paradigmas, portanto, questão a ser discutida.<br />

(VAINFAS, 1997, p. 449)

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