Anais de Historia CPTL - 2006.pmd - Campus de TrÃªs Lagoas

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ais cidadãos brasileiros pobres desde que tivessem aptidão para o trabalho rural, como parte desse projeto estava a “Colônia Agrícola Nacional de Dourados” (CAND), Em 1943, o então presidente Getulio Vargas através do decreto lei n° 5941 de 28 de outubro criou a CAND (Colônia Agrícola Nacional de Dourados) na região supracitada e distribuiu 6.500 lotes de terras de 20 a 50 hectares aos trabalhadores rurais comprovadamente pobres vindos de vários estados do pais sendo a maioria da região nordeste (OLIVEI- RA, 1997, p.17) A CAND fora então criada dentro do território federal de Ponta Porá, sua criação significa a ação da política “Marcha Para O Oeste” no estado, buscando promover o assentamento de pessoas pobres nas condições já referidas. A colonização do sul de Mato Grosso através da criação da CAND deve ser considerada como um desdobramento dessa política, pois para ela foram encaminhados colonos de vários estados do país com a promessa de fixar o homem no campo via pequena propriedade. Todavia empiricamente podemos constatar que, na pratica, isso não ocorreu tendo em vista que a região delimitada caracteriza-se hoje pela presença de grandes empresas de agropecuária e de agroindústrias que utilizam uma alta tecnologia agrícola.(OLIVEIRA, 1997, p. 25) Podemos perceber em sua fala que não ocorreu uma sensível mudança no espaço local onde fora implantado a CAND, isso é muito revelador para nós, pois podemos pressupor que a nação idealizada por Vargas não fora concretizada, visto o não sucesso da colônia devido a motivos diversos que não serão analisados. Não seria Vargas que resolveria toda uma questão que vinha de longa data na historia do Brasil, ele apenas se pos a disposição da nação pra tentar resolver os problemas da ocupação territorial do Brasil sem sucesso. 134 CONSIDERAÇÕES FINAIS A ocupação de terras do extremo sul de Mato Grosso teve suas peculiaridades uma delas fora à concessão das terras feitas à companhia Matte Larangeira, e com o inicio do Governo Vargas esses arrendamentos foram sendo questionados e por fim não foram renovados,
peculiaridades essas que procuramos demonstrar no presente trabalho, buscando através de uma revisão bibliográfica um melhor entendimento do tema. NOTAS 1 Artigo realizado como parte das leituras efetuadas no projeto de iniciação cientifica PIBIC/UFMS, sob orientação da Profa.Norma Marinovic Doro. 2 Acadêmico do 3º ano do curso de História da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Três Lagoas. 3 Para um melhor entendimento do tema ver: Itamar (1980) 4 Grupos armados que trabalhavam para companhia em especial para recuperar trabalhadores “fujões”. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARRUDA, Gilmar. Frutos da Terra: os Trabalhadores da Matte Larangeira. Londrina: UEL, 1997. ABREU, Silvana de. Ocupação, Racionalização e consolidação do centrooeste brasileiro. In MARIN, Jerri Roberto, VASCONCELOS, Cláudio Alves de. (Org), História Região e Identidades. Campo Grande: UFMS, 2003. BIANCHINI, Odaleia da Conceição Deniz. A companhia Matte Larangeira e a ocupação da Terra no sul de Mato Grosso. Campo Grande: UFMS, 2000. ITAMAR, Souza de. Migrações Internas no Brasil. Petrópolis: vozes, 1980 LENHARO, Alcir Colonização e Trabalho do Brasil. 2.ed, Campinas: Unicamp, 1986 OLIVEIRA, Benicia Couto. A Colonização do Estado Novo em Mato Grosso, 1937-1945: Discurso e História, In. Fronteiras: Revista de História. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Nº 01, vol. 02. Campo Grande, 1997. QUEIROZ, Paulo Roberto Cimo.Temores e esperanças: o antigo sul de Mato Grosso e o estado nacional brasileiro. In MARIN, Jerri Roberto, VAS- CONCELOS, Cláudio Alves de. (Org), História Região e Identidades. Campo Grande: UFMS, 2003. SEREJO, H et alii. O Ciclo da Erva Matte em Mato Grosso do Sul. Campo Grande:IEL, FIEMS,1986. 135
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