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O repasse do dinheiro público a organizações não-governamentais

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artigoAs Medidas Socioeducativasem Meio Aberto: Aplicabilidadee Participação <strong>do</strong>s MunicípiosEstratégias e Esperança. Em artigo exclusivo à Revista TCMRJ,o Juiz de Direito Titular da Vara da Infância e da Juventude<strong>do</strong> Rio de Janeiro, Marcius da Costa Ferreira, apontoudificuldades e discutiu estratégias “para o enfrentamento dacomplexa problemática <strong>do</strong> menor no País”. Segun<strong>do</strong> Marcius,“os nossos jovens que, na realidade, representam o futuro<strong>do</strong> País merecem, acima de tu<strong>do</strong>, ser trata<strong>do</strong>s por nossosgovernantes de forma a acreditarem na existência de esforçosna construção de uma nova filosofia”.Marcius da Costa FerreiraJuiz de Direito Titular da Vara da Infância e da Juventude <strong>do</strong> Rio de JaneiroAo assumir a titularidadeda Vara da Infância e daJuventude da Capital, recebia missão, preocupa<strong>do</strong>, de comoseria ter de lidar com um universono qual temos um <strong>público</strong>-alvo que,por estarem no início de suas vidas,encontram-se em constante formaçãoe, por conseqüência, em permanenteconflito consigo próprios e tambémcom o mun<strong>do</strong> a sua volta, na maioriadas vezes divorcia<strong>do</strong> da realidade àqual pertencem. E, como se isto <strong>não</strong>bastasse, deparam-se, ainda, com oEsta<strong>do</strong> que aos mesmos determinaregras, às vezes muito difíceis deserem compreendidas e absorvidas,mas que a to<strong>do</strong> tempo os colocam emconflito <strong>não</strong> só com relação ao sistema,mas também consigo próprios.Desta dicotomia, surge efetivapreocupação em compreender a novatarefa: refletir sobre a responsabilidadee procurar dar continuidade aotrabalho já existente, feito por aquelesa quem tive a honra de suceder,saben<strong>do</strong> da necessidade de conquistarmais espaços para garantir aosa<strong>do</strong>lescentes em conflito com a lei,novas oportunidades, sem perder anoção sobre a existência de algumasnovas situações envolven<strong>do</strong> o tema.“Muitoainda há deser feito nabusca deum justoequilíbriosocial.”Em julho de 2008, o Estatuto daCriança e <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lescente completouseus dezoito anos de vigência, certosobre o mesmo ainda <strong>não</strong> ter alcança<strong>do</strong>a plenitude de sua eficácia, em tese,por <strong>não</strong> terem nossos governantesconsegui<strong>do</strong> implementar políticaspúblicas eficazes e necessárias àsociedade e, em especial, ao nosso<strong>público</strong>-alvo, tais como: saúde,educação, segurança pública e outras.Consideran<strong>do</strong> estas circunstâncias,sabe-se que muito ainda há de serfeito na busca de um justo equilíbriosocial.Algumas pessoas podem, atémesmo, se perguntar sobre como essaspolíticas influenciam no tratamentoa ser dispensa<strong>do</strong> aos nossos jovens.Mas isto é muito simples: bastapensarmos ser a família a base <strong>do</strong>núcleo social, caben<strong>do</strong> aos pais, porconseqüência, o dever de passar aosfilhos as regras de segurança sócioeducativa,para que estes adquiramresponsabilidades. Entretanto, indagasecomo isto pode ocorrer se aindaboa parcela da população vive emsituação precária e bem próxima dapobreza. Com isto surge a primeirapergunta relacionada sobre qual otipo de sociedade que queremos, poiscomo as ditas regras são responsáveispor formar a base moral de cadacidadão, em algumas situações,diante da omissão <strong>do</strong> Poder Público,resta-nos, apenas, a certeza de que,mais adiante, quan<strong>do</strong> o jovem adultoestiver apto para o efetivo exercício dacidadania, terá dúvidas para escolher84 setembro 2008 - n. 39 Revista TCMRJ

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