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Assassin's Creed - Unity - Oliver Bowden

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11 de fevereiro de 1788

Meu protetor deu-me alguns dias para me acomodar antes de me procurar nesta manhã.

Nesse meio-tempo, peguei roupas emprestadas com May Carroll, que fez questão de dizer

que os vestidos emprestados eram “velhos” e “bem fora de moda”, e que não eram o tipo

de coisa que ela vestiria nesta temporada.

— Mas servirão bem para você, Fedelha.

— Se me chamar assim mais uma vez, vou matá-la — adverti.

— Perdão? — disse ela.

— Ah, nada não. Obrigada pelos vestidos. — E nisto fui sincera. Felizmente, herdei o

desdém de minha mãe pela moda, sendo assim, embora os vestidos ultrapassados

evidentemente tivessem sido escolhidos a dedo para me irritar, não tiveram efeito algum

nesse sentido.

O que me irrita mesmo é May Carroll.

Enquanto isso, Hélène enfrentava a vida no porão, descobrindo que os criados eram

ainda mais esnobes do que os aristocratas. E, é necessário dizer, não estava fazendo um

trabalho lá muito bom quando se tratava de fingir ser minha dama de companhia,

realizando mesuras estranhas ao acaso enquanto disparava olhares constantes e

apavorados em minha direção. Teríamos de trabalhar nisto, sem dúvida. Pelo menos, os

Carroll eram tão arrogantes e cheios de si que simplesmente supuseram que Hélène era

“muito francesa” e atribuíram sua ingenuidade a isto.

E então o Sr. Weatherall bateu na porta.

— Está decente? — ouvi perguntar.

— Sim, Monsieur, estou decente — respondi, e meu protetor entrou, cobrindo os

olhos imediatamente.

— Maldição, menina, você disse que estava decente — queixou-se ele, agastado.

— Eu estou decente — protestei.

— O que quer dizer com isso? Está de camisola.

— Sim, mas decente.

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