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Assassin's Creed - Unity - Oliver Bowden

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10 de novembro de 1793

Intitularam a época de Terror.

“Inimigos da revolução” eram enviados à guilhotina às dezenas — por se opor à

Revolução, por acumular grãos, por ajudar exércitos estrangeiros. Chamavam a guilhotina

de “a navalha nacional”, e ela trabalhou muito, reclamando duas ou três cabeças por dia

só na place de Révolution. A França se acovardava ante a ameaça da queda de sua lâmina.

Enquanto isso, em acontecimentos que eram mais importantes para mim, fiquei

sabendo que Arno tinha sido destituído por sua Ordem.

— Ele foi banido — lia o Sr. Weatherall em sua correspondência, segurando uma

carta, os últimos vestígios da antes orgulhosa rede tendo enfim entrado em contato.

— Quem? — perguntei.

— Arno.

— Entendo.

Ele sorriu.

— Está fingindo que não se importa, não é?

— Não há fingimento nisso, Sr. Weatherall.

— Ainda não o perdoou, hein?

— Ele um dia me jurou que, se tivesse sua chance, tiraria proveito dela. Ele teve a

chance e não aproveitou.

— Ele tinha razão — disse o Sr. Weatherall. Aquilo fora dito de forma espontânea,

como estivesse em sua mente há tempos.

— Como disse? — falei.

Na verdade, eu não “falei”. Eu “vociferei”. A verdade era que o Sr. Weatherall e eu

estávamos irados um com o outro há semanas, talvez até meses. A vida tinha sido

reduzida a uma só coisa: discrição. E aquilo me deixava intensamente frustrada. Cada dia

era passado preocupando-me em encontrar Germain antes que ele nos encontrasse; cada

dia era passado esperando que cartas chegassem de uma série de pontos sempre

itinerantes. Sabendo que estávamos travando uma batalha perdida.

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