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Assassin's Creed - Unity - Oliver Bowden

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O mesmo aconteceu no terceiro dia. Não investiguei nada. Apenas mais costura, conversa

fiada e, “Ah, acho que vou tomar ar, Hélène, não quer vir?”

— Não gosto disso — murmurou o Sr. Weatherall quando nos comunicamos naquela

noite.

Era difícil se comunicar por sinais e leitura labial, mas teria de servir. Ele tinha ficado

um tanto insatisfeito com minha escapulida na outra noite e, depois de meu encontro

com Smith, eu também não estava nem um pouco tranquila.

— O que quer dizer?

— Quero dizer que talvez estejam verificando seu disfarce.

E, se assim fosse, será que meu disfarce se sustentaria? Só os Carroll sabiam dele. Eu

estava tanto à mercê deles quanto era prisioneira de Jennifer Scott.

E então, no quarto dia — finalmente! —, Jennifer Scott saiu de seu quarto. Eu devia

encontrá-la no estábulo, fui informada. Nós duas íamos ao passeio de Rotten Row, em

Hyde Park.

Ao chegarmos, juntamo-nos a outros transeuntes. Havia homens e mulheres que

passeavam juntos debaixo de sombrinhas ligeiramente desnecessárias e agasalhados contra

o frio. Os caminhantes acenavam a carruagens e eram recompensados com acenos

imperiosos, enquanto aqueles a cavalo cumprimentavam a todos, pedestres e ocupantes

de veículos, todos os homens, mulheres e crianças resplandecentes em seus melhores

trajes, abanando as mãos, passeando, sorrindo, acenando mais...

Todos, exceto a Srta. Jennifer Scott, que, embora estivesse vestida para a ocasião e

usasse um traje suntuoso, olhava o Hyde Park com desprazer por trás de um véu de

cabelos raiados de cinza.

— Era esse tipo de coisa que esperava ver quando veio a Londres, Yvonne? —

perguntou ela com um aceno desdenhoso a quem lhe cumprimentava e lhe sorria, bem

como às crianças pequenas cerradas em seus ternos. — Idiotas cujos horizontes não se

estendem para além dos muros do parque?

Reprimi um sorriso, pensando que ela e minha mãe teriam se dado muito bem.

— Era a senhora que eu esperava ver, Mademoiselle Scott.

— E por qual motivo mesmo?

— Por causa de meu pai. Seu desejo de moribundo, lembra-se?

Ela franziu os lábios.

— Posso lhe parecer velha, Srta. Albertine, mas garanto-lhe que não tanto para

esquecer-me de coisas assim.

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