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Assassin's Creed - Unity - Oliver Bowden

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Senti uma figura diante de nós, que falou com uma voz áspera, uma espécie de Sr.

Weatherall francês.

— Mas que diabos você fez desta vez, beberrão? — questionou ele.

Meu coração martelava e minha respiração era laboriosa. E se aquela infração estivesse

sendo demasiada? Um passo longo demais? O que eu ouviria? Mais gritos de “Mate a

meretriz ruiva”? Não seria a primeira vez e, afinal, Arno permitiu que ficasse com minha

pistola e minha espada — mas de que adiantaria, considerando que eu estava vendada e

que enfrentaria vários adversários? Vários adversários Assassinos?

Mas não. Arno tinha me salvado de uma armadilha. Ele jamais me entregaria a outra.

Eu confiava nele. Confiava tanto quanto o amava. E quando ele se dirigiu ao homem que

bloqueava nosso caminho, a voz dele saiu calma e firme, um bálsamo para meus nervos.

— Os Templários querem vê-la morta — disse ele.

— E então você resolveu trazê-la para cá? — questionou a voz autoritária, em dúvida.

Seria Bellec?

Mas Arno não teve tempo de responder. Houve outra nova entrada à câmara do

Conselho. Outra voz que exigiu saber:

— Bem, quem temos aqui?

— Meu nome é... — comecei, mas o recém-chegado me interrompeu.

— Ah, pelo amor de Deus, tire esta venda. É ridículo.

Eu a tirei e os olhei, o Conselho dos Assassinos que, justamente como eu pensava,

estava posicionado ao longo das paredes de pedra daquele santuário subterrâneo e

escuro, o brilho alaranjado das chamas bruxuleando em seus mantos e os rostos

indecifráveis sob capuzes.

Meus olhos pousaram em Bellec. De nariz aquilino e desconfiado, ele me olhava com

franco desdém, a linguagem corporal protetora em relação a Arno.

O outro homem julguei ser o Grão-Mestre, Honoré Gabriel Riqueti, conde de

Mirabeau. Como presidente da Assembleia, ele tinha sido um herói da revolução, mas

ultimamente vinha sendo uma voz moderada em comparação a outros que clamavam por

mudanças mais radicais.

Diziam que ele era ridicularizado por sua aparência, mas embora fosse um cavalheiro

corpulento de cara redonda, com uma pele tremendamente feia, tinha olhos gentis e

confiáveis, e gostei dele de imediato.

Aprumei os ombros.

— Meu nome é Élise de la Serre — anunciei a todos no cômodo. — Meu pai era

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