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Assassin's Creed - Unity - Oliver Bowden

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— Podemos saber seu nome, Monsieur? — berrei.

Seria possível que estivéssemos em um evento social civilizado se não fosse pelos dois

cadáveres esparramados no chão — isto e o fato de o sujeito segurar uma espada vermelha

de sangue. Ele fez menção de me entregar a espada, mas daí percebeu que ela precisava de

uma limpeza, procurou algo para asseá-la e então, sem nada encontrar, conformou-se

com o corpo do brutamontes mais próximo. Quando terminou, levantou um dedo, disse,

“com licença”, virou-se e vomitou na parede da taberna.

A loura e eu nos olhamos. O dedinho do bêbado ainda estava erguido enquanto ele

tossia o que restava do vômito, cuspindo um último bocado, virando-se logo em seguida

e se recompondo antes de tirar um chapéu imaginário, fazer uma mesura exagerada e se

apresentar.

— Sou o capitão Byron Jackson. Ao seu dispor.

— Capitão?

— Sim... Era o que eu estava tentando lhe dizer na taberna quando você me empurrou

com tanta grosseria.

Empertiguei-me.

— Não fiz tal coisa. O senhor foi muito rude. Empurrou-me. Estava bêbado.

— Correção, eu estou bêbado. E talvez também seja rude. Porém, não há como

disfarçar o fato de que, embora bêbado e rude, também tenha tentado ajudar. Ou, no

mínimo, tenha tentado mantê-la longe das mãos daqueles depravados.

— Bem, o senhor não conseguiu isso.

— Sim, consegui — disse ele, ofendido, depois pareceu pensar. — No fim, consegui. A

propósito, é melhor irmos embora antes que estes cadáveres sejam descobertos pelos

soldados. Deseja uma passagem a Dover, é isso mesmo?

Ele me viu hesitar e agitou um braço para os dois corpos.

— Certamente dei provas de minha adequação como acompanhante. Garanto-lhe,

mademoiselle, que, apesar das aparências em contrário, de minha embriaguez e talvez de

certos modos grosseiros, eu voo com os anjos. Só que minhas asas estão um pouco

chamuscadas.

— Por que eu deveria confiar no senhor?

— Não precisa confiar em mim. — Ele deu de ombros. — Não é da minha conta em

quem você confia. Volte lá e poderá pegar o paquete.

— O paquete? — repeti, irritada. — O que é este paquete?

— O paquete é qualquer navio que leva correspondência ou carga a Dover.

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