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Assassin's Creed - Unity - Oliver Bowden

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que faria o máximo para convencer Arno da conveniência de sua adoção por nossa família.

— Peço desculpas, pai, ainda não entendo bem o que quer dizer.

Seu cenho ficou mais sério. Depois, respirando fundo, ele se virou para a diretora:

— Seria possível, madame, eu falar a sós com minha filha?

— Infelizmente isto contraria a política da academia, monsieur. — Ela sorriu com

doçura. — Os pais ou guardiões que precisem ver as alunas em particular devem fornecer

uma solicitação por escrito.

— Eu sei, mas...

— Lamento, monsieur — insistiu ela.

Ele tamborilou os dedos na perna de seus calções.

— Élise, por favor, não crie dificuldades. Sabe exatamente o que quero dizer. Antes de

você vir para a escola, concordamos que era hora de adotar Arno em nossa família. — Ele

me lançou um olhar sugestivo.

— Mas ele é membro de outra família — contestei, fazendo-me de sonsa.

— Não faça joguinhos comigo, Élise, por favor.

Madame Levene pigarreou.

— Estamos bem acostumados a isso na Maison Royale, monsieur.

— Obrigado, Madame Levene — disse meu pai com irritação. Mas quando voltou sua

atenção a mim, nossos olhos se encontraram e parte do gelo entre nós evaporou diante da

presença indesejada de Madame Levene, os cantos da boca de papai chegaram a se retorcer

enquanto reprimia um sorriso. Em resposta, dei-lhe minha expressão mais inocente e

beatífica. Seus olhos ficaram afetuosos naquele momento que partilhamos.

Ele estava mais controlado quando falou:

— Élise, estou certo de que não preciso lembrá-la dos termos de nosso acordo.

Simplesmente digo que se você continuar a infringi-los, terei de cuidar da questão eu

mesmo.

Ambos demos uma espiada em Madame Levene, sentada à mesa, com as mãos

entrelaçadas, tentando ao máximo não parecer confusa, mas fracassando tremendamente.

Foi o momento em que mais me aproximei de simplesmente explodir em uma gargalhada.

— Quer dizer que tentará convencê-lo de sua conveniência, meu pai?

Ele ficou sério, prendendo-me em seu olhar.

— Tentarei.

— Embora, ao assim proceder, o senhor me faça perder a confiança de Arno?

— É um risco que eu teria de assumir, Élise — respondeu meu pai. — A não ser que

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